O assassinato de Rafik Hariri representou um grande abalo a estrutura politica do Líbano e o que se segue é a guerra Israel – Hezbollah em 2006, com histórica “‘derrota“‘ de Israel – aspas pois, mais uma vez a infra-estrutura do Líbano como aeroportos e estradas foram destruídos, mas politicamente a resistência saiu vitoriosa.
O mais recente assassinato a surgir na mídia foi de Mahmoud al-Mabhouh, lider do Hamas, em Dubai, morto por agentes do ‘mossad’ com passaportes britânicos.
Líder do Hizbollah mostra vídeos que “incriminam” Israel pela morte de Hariri
TARIQ SALEH
DE BEIRUTE (LÍBANO) PARA A BBC BRASIL
O lider do grupo político líbanês Hizbollah, Hassan Nasrallah, mostrou no dia 09 de Agosto, imagens interceptadas de aviões militares israelenses durante assassinato do ex-premiê libanês Hafik Hariri em 2005.
“Este tipo de imagem geralmente é feito na primeira etapa da execução de uma operação”, disse ele a jornalistas em uma videoconferência.
As imagens, cada uma com duração de minutos, sem registro de data, mostram locais da capital Beirute e as rotas que frequentemente teriam sido usadas por Hariri para se deslocar pela cidade. Elas teriam sido interceptadas pelo Hizbollah.
Nasrallah disse reconhecer que as imagens não seriam provas conclusivas, mas lembrou que o Hizbollah não tinha escritórios ou posições nos locais filmados que poderiam ser de interesse israelense.
ESPIÕES
Nasrallah alegou que Israel era quem mais se beneficiaria do assassinato e traçou uma série de fatos que provariam o interesse israelense na morte de Hariri.
Segundo ele, Israel usou operações secretas e de espionagem para provocar um atrito entre o Hizbollah e o governo libanês.
O líder xiita também apresentou nomes de cidadãos libaneses que acusou de trabalhar para o Mossad (serviço secreto israelense).
Hariri e outras 22 pessoas foram mortas no atentado a bomba em 14 de fevereiro de 2005.
O episódio provocou grande comoção internacional e levou a Síria a retirar suas tropas do Líbano após 29 anos de ocupação militar.
A Síria também foi acusada de cumplicidade na morte de Hariri, mas Damasco sempre negou as acusações.
“Israel não perderia a chance de criar um clima de revolta e usar o sangue de Hariri para forçar a Síria a sair do Líbano e, com isso, cercar a Resistência (Hizbollah)”, declarou Nasrallah.
Um tribunal especial da ONU (Organização das Nações Unidas) foi criado para investigar o assassinato.
O Hizbollah faz parte do governo de união nacional no Líbano, cujo atual premiê, Saad Hariri, é filho do ex-premiê morto