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Daniel Dantas: A corrupção institucionalizada no Brasil?

terça-feira, julho 21st, 2009

www.nazen.tk

Aqui busco ilustrar a maneira como age o banqueiro Daniel Dantas orquestrando investimentos, lobby e corrupção no Brasil – e no exterior – há mais de uma década. Relaciono aqui as inúmeras capas da revista Carta Capital dedicadas ao ‘orelhudo’ Daniel Dantas com as notícias mais recentes relacionadas a Operação Satiagraha, que busca expor as veias deste esquema de corrupção que se revela institucionalizado em diversas instâncias do poder público e privado no Brasil, não deixando nem a mídia de lado.

Este texto foi formado através de breve pesquisa na ‘Folha de S. Paulo’ e ‘Carta Capital’ e observe ao fim do texto uma relação de links relacionados as exaustivas denúncias contra o banqueiro na tentativa de inverter a ordem existente no Brasil de que “Quem tem poder não vai preso”. Segundo a revista as matérias “estão compreendidas em um período que remonta às privatizações do setor de telefonia, ocorridas no fim da década de 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, e chega aos dias atuais, sob a égide do segundo mandato do presidente Lula.”

Juiz abre processo contra Dantas e manda liquidar fundo de R$ 500 mi

da Folha de S.Paulo em 20 de Julho de 2009 __ www.nazen.tk

A Justiça Federal determinou a abertura de processo criminal contra o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, e mandou liquidar um fundo de investimentos de R$ 500 milhões do banqueiro. Outras 13 pessoas acusados pela prática de crimes financeiros investigados na Operação Satiagraha da Polícia Federal também foram formalmente acusadas.

O juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto Martin De Sanctis, acolheu denúncia elaborada pelo procurador da República Rodrigo de Grandis, que acusou Dantas de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e formação de quadrilha e organização criminosa. Os acusados negaram, por meio de seus advogados, as acusações do Ministério Público.

Entenda como Daniel Dantas recolhe fundos para seus investimentos, a anos apontados como fraudulentos e baseados em largos esquemas de corrupção.

O Juíz Fausto De Sanctis também determinou a liquidação, em até 48 horas, de um fundo de investimentos nacional do Opportunity que havia sido bloqueado judicialmente em setembro passado, após o surgimento de suspeita de lavagem de dinheiro por meio do fundo.

O juiz ordenou que a BNY Mellon, administradora do fundo Opportunity Special Fundo de Investimentos em Ações, realize a integral venda ou resgate dos ativos que compõem a carteira e deposite os valores resultantes dessas operações em uma conta da Caixa Econômica Federal.

À época do bloqueio, o fundo tinha 24 cotistas –entre eles Dantas e Dório Ferman, presidente do banco Opportunity e também réu no processo– e reunia cerca de R$ 500 milhões em investimentos, segundo o procurador da República.

Operação Satiagraha

A nova ação penal é o principal resultado da Satiagraha, iniciada em julho de 2008, e leva Dantas a figurar pela segunda vez como réu em uma ação penal originada na operação. O banqueiro já foi condenado a dez anos de prisão por tentar subornar, por meio de emissários, policiais envolvidos na Satiagraha. Dantas nega o crime e, em recurso à Justiça, acusa a PF de ter fraudado arquivos e transcrições de escutas.

Na lista de réus do novo processo estão Verônica Dantas, irmã do banqueiro, e Humberto Braz, executivo ligado ao Opportunity. Braz também foi condenado na ação relativa ao suborno de policiais –recebeu uma pena de sete anos de prisão– e também recorreu da sentença.

A nova denúncia do Ministério Público apontou, entre outros crimes, que o Opportunity usou recursos de sua antiga controlada, a operadora Brasil Telecom, para pagar funcionários e despesas do grupo, e abasteceu o caixa do mensalão –esquema de integrantes de partidos da base aliada do governo para corromper congressistas– com R$ 3 milhões.

Além disso, a denúncia diz ainda que o banqueiro, a irmã dele e o presidente do Opportunity cometeram fraudes no comando do Opportunity Fund e do banco Opportunity, como a presença de cotistas brasileiros no fundo, quando a prática era proibida; e utilização da Brasil Telecom para repassar recursos às empresas de publicidade de Marcos Valério, com as quais teriam sido firmados dois contratos, superiores a R$ 50 milhões.

Em sua decisão, De Sanctis afirma que no processo é “possível colher indícios de prévia e sistemática associação criminosa, estabilidade e comunhão de desígnios, além de organização das supostas atividades ilícitas ao longo do tempo”.

Os réus agora têm prazo de dez dias para a apresentação de defesa. Após receber as respostas dos acusados, De Sanctis decidirá pela absolvição ou pela continuação do processo. A Satiagraha ainda pode gerar outras ações. De Sanctis também acolheu pedido de abertura de mais três inquéritos feito pela Procuradoria.

Quanto à liquidação do fundo, o juiz aponta que a medida ocorreu “em razão da necessidade e da obrigatoriedade de preservar o patrimônio sequestrado, no interesse dos denunciados e diante do desfavorável quadro econômico mundial e da volatilidade dos mercados financeiros, com sério risco de depreciação do valor”.

Segundo o procurador De Grandis, o fundo bloqueado estava sofrendo perda em virtude da variação cambial. De Grandis disse que recursos do fundo poderão ser entregues ao poder público se forem encontradas provas de que os investimentos foram usados ou tiveram origem em atividades ilícitas.

dantas1
dantas2dantas3* O quadro ilustrativo acima foi desenvolvido pela Folha de S. Paulo

Na tentativa de limpar a barra de Daniel Dantas, seus advogados – e toda sua esrutura de lobby – tentam fazer acreditar que quem está errado é a Polícia Federal, o delegado Protógenes de Queiroz e até mesmo o Juíz Fausto de Sanctis.

Em sua decisão o Juíz Fausto De Sanctis afirma: “A defesa de parte dos denunciados tem se valido da imprensa para alardear ou difundir que este juízo necessariamente receberia a denúncia, sob análise, diante de uma atuação que considera parcial apenas porque teria encarnado sentimento equivocado de vingança ou preconceito, como forma de dissuadir e desorientar a sociedade”.

O juiz afirma ainda que a Justiça “tenta agir de forma serena e isenta”. “Sempre com reforço da igualdade de todos perante a lei, mas jamais abandonando a ideia de decidir o melhor no caso concreto.”

“A condução do feito exige respeito a todos, inclusive ao magistrado, que tenta se conduzir de forma adequada, mesmo que, para muitos, melhor seria lidar com o serviço público de maneira menos intensa. Não há interesse, a não ser pela aplicação regular do direito. Não há engajamento do magistrado a não ser neste sentido”, reitera.

Segundo a Procuradoria, o financiamento do “valerioduto”, esquema montado pelo empresário Marcos Valério e investigado no caso mensalão, teria ocorrido quando o grupo estava no comando da Brasil Telecom. Dantas foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e crime de quadrilha e organização criminosa.

De Sanctis acolheu todas as acusações feita pelos procuradores, inclusive o pedido para a abertura de três novos inquéritos. Um dos inquéritos vai aprofundar a participação de pessoas investigadas inicialmente e não denunciadas agora, como o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh e Carlos Rodenburg (presidente do braço agropecuário do grupo).

O outro irá apurar especificamente crimes financeiros na aquisição do controle acionário da BrT pela Oi. O terceiro investigará evasões de divisas praticadas por cotistas brasileiros do Opportunity Fund, com sede nas Ilhas Cayman, no Caribe.

De acordo com a denúncia, o banqueiro, sua irmã, Verônica Dantas, e o presidente do Opportunity, Dório Ferman, teriam cometido fraudes no comando do Opportunity Fund e do banco Opportunity, como a presença de cotistas brasileiros no fundo, quando a prática era proibida; desvio de recursos da Brasil Telecom para autofinanciamento do Opportunity; e utilização da Brasil Telecom para repassar recursos às empresas de publicidade de Valério, com as quais teriam sido firmados dois contratos, superiores a R$ 50 milhões.

A Procuradoria ainda arrolou 20 testemunhas no caso, entre as quais o presidente da Santos-Brasil, Wady Jasmim, e o ex-ministro Mangabeira Unger, que foi consultor do Opportunity nos Estados Unidos.

Para o procurador da República Rodrigo De Grandis, as investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, constataram que os denunciados constituíram “um verdadeiro grupo criminoso empresarial, cuja característica mais marcante fora transpor métodos empresariais para a perpetração de crimes, notadamente delitos contra o sistema financeiro, de corrupção ativa e de lavagem de recursos ilícitos”.

O juiz negou pedido do Ministério Público Federal para que a Justiça requisitasse ao ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal Federal), documentos do processo do mensalão. Para De Sanctis, não é necessária a intervenção judicial e a Procuradoria deve requisitar o que for necessário diretamente ao STF.

Dantas foi preso durante a Satiagraha. Na ocasião, também foram presos, entre outras pessoas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. Os três foram soltos depois. Eles são suspeitos de praticar os crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para a obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras.

A Defesa de Daniel Dantas segue o caminho descrito acima

Ontem, o advogado Andrei Schmidt, que defende o Opportunity, disse que seus clientes ainda não haviam sido citados do recebimento da denúncia.

“Independentemente disso, negamos veementemente as imputações recebidas pelo juízo. Os fatos narrados ou não constituem crime ou estão baseados em provas fraudadas no âmbito da Operação Satiagraha”, disse o advogado por meio de nota.

Jornalismo investigativo aborda o poderoso Daniel Dantas, leia:

De Carta Capital __ www.cartacapital.com.br

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Confome o prometido, CartaCapital honra o compromisso de ajudar o “jornalismo investigativo” brasileiro, que anda em polvorosa desde a deflagração da Operação Satiagraha pela Polícia Federal, que provocou o entra-e-sai de Daniel Dantas da prisão e tantas outras ebulições na república brasileira.

Para tanto, a revista deixa disponível neste dossiê todo o conteúdo que produziu sobre Daniel Dantas e seus negócios nos últimos dez anos. São mais de noventa  textos, reportagens  e editoriais deCartaCapital sobre o envolvimento de Dantas em transações em diversas áreas da economia nativa, em especial no setor de telecomunicações.

Elas estão compreendidas em um período que remonta às privatizações do setor de telefonia, ocorridas no fim da década de 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, e chega aos dias atuais, sob a égide do segundo mandato do presidente Lula. É material  suficiente para entender como Dantas tornou-se figura tão importante nos bastidores da República, a ponto de alguns terem dito que se fosse revelado todo o conteúdo das negociatas do orelhudo, o País pararia por dois anos

Com isso, CartaCapital espera que a mídia nativa não dê ares de furo ou mesmo de material exclusivo a conteúdo que a revista publicou anos atrás. Bom proveito.

Sob suspeita
Diálogos exclusivos dos grampos no BNDES acentuam a interferência do governo no leilão da Telebrás
(reportagem originalmente publicada na edição 87, de 25 de novembro de 1998)

O Caribe é aqui
Ex-sócio do banqueiro Daniel Dantas afirma que brasileiros aplicam em fundo do Opportunity em Cayman, sem pagar IR e CPMF
(reportagem originalmente publicada na edição 135, de 8 de novembro de 2000)

Derrota nas Ilhas Cayman
Luís Roberto Demarco ganha uma batalha contra o Opportunity no paraíso fiscal
(reportagem originalmente publicada na edição 144, de 11 de abril de 2001)

Dinheiro e ódio, a ciranda
Briga de marido e mulher chega à delegacia em São Paulo, mas passa pelas Ilhas Cayman
(reportagem originalmente publicada na edição 150, de 4 de julho de 2001)

Jogos de guerra
No Brasil e no exterior, adversários de Daniel Dantas e seu Opportunity aceleram conversas e negociações para derrubá-lo.
(reportagem originalmente publicada na edição 154, de 29 de agosto de 2001)

Naufrágio em Cayman
O Opportunity perde ação movida contra Demarco. Juiz fala em “fraude”, “mentira”, “provas fabricadas”, “afronta à Corte” e…

(reportagem originalmente publicada na edição 194, de 19 de junho de 2002)

A Previ na sinuca
O maior fundo de pensão brasileiro corre o risco de ver quase R$ 2 bilhões investidos em telefonia virarem pó.
(reportagem originalmente publicada na edição 237, de 23 de abril de 2003)

Questão de Estado
A notificação ao Citibank, banco de US$ 1 trilhão, e um só objetivo: afastar o Opportunity da gestão de fundos de empresas privatizadas.
(reportagem originalmente publicada na edição 259, de 24 de setembro de 2003)

Desafio aos deuses
Fundos de pensão destituem o Opportunity da administração do CVC/Brasil. No Fundo em Cayman, a decisão será do Citibank
(reportagem originalmente publicada na edição 262, de 15 de outubro de 2003)

Crimes. E o castigo?
Polícia contra polícia. A ação dos italianos. Os documentos roubados. As conversas gravadas. A precipitação… e a chance de Daniel Dantas escapar
(reportagem originalmente publicada na edição 302, de 4 de agosto de 2004)

O incrível “deputado”
As peripécias de Piero Garavini, sua suposta fortuna e suas “denúncias” bombásticas

(reportagem originalmente publicada na edição 309, de 22 de setembro de 2004)

O dia do chacal
Escândalo A PF apreende 500 quilos de documentos na Kroll, no Opportunity e na casa de Daniel Dantas. É só o começo
(reportagem originalmente publicada na edição 315, de 3 de novembro de 2004)

As correntes do Opportunity
O Citibank gostaria de romper com o banco. Ainda falta quebrar alguns elos
(reportagem originalmente publicada na edição 328, de 9 de fevereiro de 2005)

Daniel Dantas e seu bando
Relatório parcial da Polícia Federal aponta o banqueiro como mentor e líder de uma “quadrilha” de espionagem internacional
(reportagem originalmente publicada na edição 330, de 23 de fevereiro de 2005)

Todos contra um
Depois de sete anos, o Citibank abandona Daniel Dantas e abre o caminho para o fim das disputas na telefonia

(reportagem originalmente publicada na edição 333, de 16 de março de 2005)

“Parece um roubo”
Assim o juiz Kaplan, de Nova York, rejeita a defesa de Daniel Dantas e o exonera da Brasil Telecom
(reportagem originalmente publicada na edição 334, de 23 de março de 2005)

O cerco da lei
Indiciado por formação de quadrilha, Daniel Dantas também sofre derrota na Anatel e ação milionária nos EUA

(reportagem originalmente publicada na edição 338, de 20 de abril de 2005)

Outra derrota nas Ilhas Cayman
Justiça manda o banco depositar US$ 5 milhões em ação movida por Demarco
(reportagem originalmente publicada na edição 339, de 27 de abril de 2005)

O orelhudo tá nessa
As conexões entre Daniel Dantas, Marcos Valério, integrantes do PT e o depoimento da secretária
(matéria originalmente publicada na edição 348, de 29 de junho de 2005)

De Herzog a Leonardo Attuch
O tempora! O mores!
(editorial originalmente publicado na edição 349, de 6 de julho de 2005)

De orelha em pé
Dantas é citado várias vezes nos depoimentos. Surge novo empréstimo ao PT avalizado pelo publicitário
(reportagem originalmente publicada na edição 350, de 13 de julho de 2005)

A orelha desponta
CPI dos correios. Repasses milionários às empresas de Valério colocam Daniel Dantas na mira. O PFL arma a defesa do banqueiro
(reportagem originalmente publicada da edição 353, de 3 de agosto de 2005)

A Conexão Lisboa
As mal explicadas visitas de Valério a Portugal são outro indício da relação do Opportunity com a crise do mensalão
(reportagem originalmente publicada da edição 354, de 10 de agosto de 2005)

Saudades da Vila Euclydes
O grande resistente contra a ditadura precisa ser mais firme e diretono discurso presidencial
(editorial publicado originalmente na edição 355, de 17 de agosto de 2005)

Dantas vai ou não vai?
A luta do banqueiro para não ir à CPI. E as coincidências em textos de um deputado do PFL e de um empregado de DD
(reportagem originalmente publicada na edição 356, de 24 de agosto de 2005)

Missão impossível
O PT sobreviverá à tempestade? Tarso Genro poderá conduzi-lo na transição?

(reportagem originalmente publicada na edição 357, de 31 de agosto de 2005)

Lula, o PT e a saúva
O presidente cobra punições severas. E o partido segue sem unidade
(reportagem originalmente publicada na edição 358, de 7 de setembro de 2005)

A conexãoTelemig
A venda da telefônica mineira uniu Dantas, Valério e parte da cúpula do PT
(reportagem originalmente publicada na edição 359, de 14 de setembro de 2005)

Pizza à Dantas
Beneficiado por tucanos silenciosos, petistas sem disposição e uma claque pefelista, o orelhudo posa de vítima
(reportagem originalmente publicada na edição 361, de 28 de setembro de 2005)

A omissão do xerife
Documentos revelam como a CVM fechou os olhos e deixou o Opportunity Fund operar fora das normas
(reportagem originalmente publicada na edição 362, de 5 de outubro de 2005)

Segredos do Brasil
A CPI dos Correios pede a quebra do sigilo das operações do grupo de Dantas no Brasil e em Cayman
(reportagem originalmente publicada na edição 363, de 12 de outubro de 2005)

O orelhudo ganha tempo
O STF segura a quebra do sigilo do banco de Dantas. O governo negocia com a promotoria de Nova York acesso à movimentação de Duda Mendonça
(editorial publicado originalmente na edição 364, de 19 de outubro de 2005)

Dantas na terceirona
Torcedores contestam acordo entre o Bahia e o Banco Opportunity
(reportagem originalmente publicada na edição 366, de 2 de novembro de 2005)

E o Supremo ainda tem dúvidas
Apesar da quantidade de evidências, a ministra Ellen Gracie não autoriza o acesso
aos dados dos computadores do orelhudo
(editorial publicado originalmente na edição 368 de CartaCapital, de 16 de novembro de 2005)

Corre não, Carla, corre não
A ex-chefona da Brasil Telecom evita a CPI para disputar a maratona de Nova York. E termina em 20.000º lugar

(editorial publicado originalmente na edição 368 de CartaCapital, de 16 de novembro de 2005)

O sofisma de Ellen
A ministra do STF admite manobras do Opportunity, mas adia decisão sobre o sigilo
(reportagem originalmente publicada na edição 370, de 30 de novembro de 2005)

Grampos e fraudes
Executivos ligados ao Opportunity mantinham sistema de espionagem clandestino dentro da Brasil Telecom
(reportagem originalmente publicada na edição 373, de 21 de dezembro de 2005)

Recuo na censura
Pressionado por entidades de direitos civis, juízes federais liberam divulgação na internet de reportagens sobre o caso Kroll
(reportagem originalmente publicada na edição 373, de 21 de dezembro de 2005)

A agenda e a crise
Executivo da Brasil Telecom indicado por Daniel Dantas teve várias reuniões com figuras centrais do atual escândalo
(reportagem originalmente publicada na edição 377, de 25 de janeiro de 2006)

Forças ocultas
Pressão inexplicável retarda o envio de informações ao Supremo pela CPI
(reportagem originalmente publicada na edição 378, de 1º de fevereiro de 2006)

Vôo cego na CPI
A relação das rotas dos aviões administrados por Dantas, que havia “sumido”, reaparece depois de pressão do DAC
(reportagem originalmente publicada na edição 379, de 8 de fevereiro de 2006)

Perguntas ao relator
O texto de Serraglio é parcial, omisso e não prova o mensalão
(reportagem originalmente publicada na edição 387, de 5 de abril de 2006)

O orelhudo não escapou
No último minuto, Daniel Dantas entra na lista de indiciados da CPI
(reportagem originalmente publicada na edição 389, de 16 de abril de 2006)

Dantas no mar e no ar
Briga judicial no Porto de Santos e carona a políticos em aviões da Brasil Telecom são as atuais dores de cabeça de DD
(reportagem originalmente publicada na edição 391, de 3 de maio de 2006)

Dantas posa de vítima
À Justiça dos EUA, DD diz ter sido chantageado pelo governo
(reportagem originalmente publicada na edição 393, de 17 de maio de 2006)

Rastros da chantagem
Dantas nega ser o mentor de dossiê com supostas contas de políticos no exterior, mas sua digital está em toda parte
(reportagem originalmente publicada na edição 394, de 24 de maio de 2006)

Dantas e os petistas
O ministro da Justiça não vê problemas em receber o banqueiro acusado de fabricar dossiê contra o presidente
(reportagem originalmente publicada na edição 395, de 31 de maio de 2006)

Fábrica de dossiês
Novos documentos da Kroll revelam que Dantas mandou investigar políticos, juízes, policiais e empresários
(reportagem originalmente publicada na edição 396, de 7 de junho de 2006)

O amigo da mulher
A influência de Naji Nahas na Telecom Italia tem nome: Afef Jnifen
(reportagem originalmente publicada na edição 396, de 7 de junho de 2006)

O dono do cais
Como “decisões técnicas” da direção do Porto de Santos têm favorecido empresa controlada por Daniel Dantas
(reportagem originalmente publicada na edição 402, de 19 de julho de 2006)

Dois pesos, duas medidas
A espantosa diferença entre a ministra Ellen Gracie e o juiz Kaplan
(editorial originalmente publicado na edição 404, de 2 de agosto de 2006)

Frenesi nas hostes de Dantas
Os motivos da ação de políticos amigos e datilógrafos da imprensa
(editorial originalmente publicado na edição 410, de 13 de setembro de 2006)

Sem apelação
Depois de longa disputa, a Suprema Corte do Reino Unido confirma: Daniel Dantas mentiu e forjou documentos
(reportagem originalmente publicada na edição 414, de 18 de outubro de 2006)

A falsificação do administrador
Advogados de Demarco pedem à autoridade monetária de Cayman que proíba Dantas de operar nas ilhas
(editorial originalmente publicado na edição 418, de 8 de novembro de 2006)

Sobre insultos e jornalismo
Veja e Mainardi condenados por difamar Mino Carta. Em outra ação, juiz julga correta reportagem desta revista. Dupla derrota do ventríloquo orelhudo
(editorial originalmente publicado na edição 420, de 22 de novembro de 2006)

Dantas se faz de surdo…
Há meses, a PF tenta, em vão, ouvir o banqueiro sobre o uso irregular de aviões pelo Banco Opportunity
(editorial originalmente publicado na edição 422, de 6 de dezembro de 2006)

Os segredos da esfinge
A Justiça autoriza a quebra do sigilo do computador do Opportunity
(reportagem originalmente publicada na edição 424, de 20 de dezembro de 2006)

Tronchetti-Provera e o escândalo
A tentativa de invasão de arquivos do Corriere della Sera esquenta a investigação. O ex-boss da TIM nega participação no esquema
(editorial publicado originalmente na edição 429, de 31 de janeiro de 2007)

Um pouquinho de Brasil
A quantas anda o inquérito que investiga o dossiê montado por Dantas contra autoridades da República? Ninguém sabe, ninguém viu
(editorial originalmente publicado na edição 431, de 14 de fevereiro de 2007)

Os tucanizados e os outros
Damásio, Grau, se não existissem, as coisas seriam piores. Mas há também dona Ellen
(editorial originalmente publicado na edição 432, de 21 de fevereiro de 2007)

É proibido perguntar?
Dantas processa Glasberg por questões “não precisas”
(editorial originalmente publicado na edição 434, de 7 de março de 2007)

Ora viva, operação impossível
Na prática, a fusão da Telemar com a Brasil Telecom, defendida até pelo ministro Costa, não pode vingar por várias razões
(editorial originalmente publicado na edição 440, de 18 de abril de 2007)

Xô, Dantas, aqui você não pisa
Mangabeira Unger no governo?Alguém está de brincadeira
(editorial originalmente publicado na edição 441, de 25 de abril de 2007)

Conselheiro de quem?
Como Mangabeira Unger ajudou Dantas a dar um golpe nos fundos
(reportagem originalmente publicada na edição 442, de 2 de maio de 2007)

Mangabeira no curto prazo
O professor decidiu abrir ação contra os fundos de pensão e criou novo embaraço a Lula. O Palácio espera que ele desista de aceitar o posto no governo
(editorial originalmente publicado na edição 447, de 6 de junho de 2007)

A verdade factual é bem outra
A revista Piauí tece um madrigal para Daniel Dantas. E publica uma mentira dele a respeito do acima assinado. Aqui vai a resposta
(reportagem originalmente publicada na edição 448, de 13 de junho de 2007)

O ministro do Opportunity
Mais uma prova de como Mangabeira Unger serve ao orelhudo
(editorial originalmente publicado na edição 449, de 20 de junho de 2007)

O Opportunity perde outra
Corte dos EUA rejeita apelação de advogados e mantém o banco fora do comando de empresas no Brasil
(editorial originalmente publicado na edição 460, de 5 de setembro de 2007)

Tudo em benefício do orelhudo
Na Itália e no Brasil, começou a campanha para tirar Daniel Dantas do buraco
(editorial originalmente publicado na edição 470, de 14 de novembro de 2007)

Acusadores às soltas
Eles insistem: abastecidos por Daniel Dantas, propalam até o número das contas de Lula e outras autoridades em paraísos fiscais. E os acusados? Por ora, quietos
(editorial originalmente publicado na edição 471, de 21 de novembro de 2007)

No Brasil de Dantas
O inquérito do dossiê com as supostas contas de Lula e outros só rende ao banqueiro o indiciamento por calúnia
(reportagem originalmente publicada na edição 476, de 20 de dezembro de 2007)

A vitória da calúnia
Em despacho cheio de erros conceituais, magistrado acha normais os vitupérios contra o jornalista Paulo Henrique Amorim
(reportagem originalmente publicada na edição 476, de 20 de dezembro de 2007)

Os novos barões
O governo não poupa esforços para transformar Carlos Jereissati e Sérgio Andrade nos donos de uma “supertele”
(reportagem originalmente publicada na edição 479, de 23 de janeiro de 2008)

Alegoria de Justiça
À véspera do Carnaval, a magistrada Cecília Mello dá mais uma mãozinha a nosso herói
(editorial originalmente publicado na edição 482, de 16 de fevereiro de 2008)

A grande trama ignorada
Os fundos de pensão, o Citibank, o governo, todos parecem à mercê de Dantas. Por quê?
(editorial originalmente publicado na edição 490, de 9 de abril de 2008)

Tradutora intraduzível
Estranhas conversas com a brasileira Luciane Araújo, testemunha na investigação sobre a Telecom Italia, e com seu advogado sobre Lula, Dantas e espionagem
(reportagem originalmente publicada na edição 490, de 9 de abril de 2008)

Só falta beatificar Dantas
A criação da “supertele” está acertada. E o banqueiro é um dos beneficiados, com o beneplácito dos fundos de pensão e dinheiro do BNDES
(editorial originalmente publicado na edição 493, de 30 de abril de 2008)

Maia cobra o BNDES
O deputado do ex-PFL-RJ pede ao TCU que apure o empréstimo de 2,5 bilhões de reais reservados à fusão
(editorial originalmente publicado na edição 495, de 14 de maio de 2008)

A BrOi vai beneficiar quem?
Paulo Henrique Amorim vai à Procuradoria-Geral da República e cobra explicações sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi/Telemar
(editorial originalmente publicado na edição 501, de 25 de junho de 2008)

O jornalismo avestruz
Para proteger a si própria e aos graúdos, a mídia reduz o alcance do caso Daniel Dantas
(reportagem originalmente publicado na edição 504, de 16 de julho de 2008)

Exemplar sr. Dantas
As aventuras do banqueiro cabem à perfeição numa visão de mundo elaborada por Gêngis Khan e Al Capone
(reportagem originalmente publicado na edição 504, de 16 de julho de 2008)

A ponta do iceberg
A operação Satiagraha deita suas raízes nas privatizações do governo tucano
(reportagem originalmente publicado na edição 504, de 16 de julho de 2008)

Passado o Rubicão, alea jacta est
A operação anti-Dantas é o fio da meada de um enredo gigantesco
(reportagem originalmente publicado na edição 504, de 16 de julho de 2008)

Cairia o queixo de Rui Barbosa
Nas ruas, o Supremo está cada vez mais desacreditado. E sabe-se por quê
(reportagem originalmente publicado na edição 504, de 16 de julho de 2008)

Ecos ouvidos mundo afora
Certos jornais caem no conto da imprensa brasileira e citam o mensalão
(reportagem originalmente publicado na edição 504, de 16 de julho de 2008)

Disputa na rua principal
As dimensões do caso Dantas são muito maiores do que parecem, está em jogo o instinto predatório da minoria
(editorial  originalmente publicado na edição 505, de 23 de julho de 2008)

Contra-ataque
Responsável pela operação Satiagraha, o delegado Protógenes Queiroz é constrangido a deixar o inquérito antes do fim

(reportagem originalmente publicado na edição 505, de 23 de julho de 2008)

Sem controle
O novo relatório da PF mostra que Dantas não zelava pela origem do dinheiro aplicado. Acolheu inclusive recursos do propinoduto

(reportagem originalmente publicado na edição 505, de 23 de julho de 2008)

O terror dos figurões
Fausto De Sanctis já condenou Edemar Cid Ferreira e outros poderosos
(reportagem originalmente publicada na edição 505, de 23 de julho de 2008)

Sem confiança na Justiça
Por que defendo o impeachment de Gilmar Mendes
(reportagem originalmente publicada na edição 505, de 23 de julho de 2008)

Jornalismo à brasileira
A imprensa descobre agora as façanhas do dono do Opportunity

reportagem originalmente publicada na edição 505, de 23 de julho de 2008 da revista Carta Capital.

Se caráter custa caro, pago o preço

terça-feira, julho 7th, 2009

caráter

De rima rica e linguagem perfeita, este poema, feito por Sidônio Muralha durante exílio no Brasil, varia o peso conforme a idéia do leitor

Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se caráter custa caro
Pago o preço.

Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
E o peso da pedra eu comparo
À força do arremesso.

Um rio, só se for claro.
Correr sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
Não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo
Nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro

Se caráter custa caro
Pago o preço

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Sidónio Muralha, aqui citado. Do movimento neorrealista, em conjunto com Armindo Rodrigues, foi uma das figuras de maior importância. O autor também militou na oposição ao regime ditatorial de Salazar, em Portugal. Entre suas principais obras estão Beco (1941), Passagem de Nível (1942), e Companheiro dos Homens (1950). Vale a leitura.