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Ejército israelí atacó embarcación de Flotilla humanitaria que busca llegar a Gaza

domingo, maio 30th, 2010

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El Ejército israelí atacó la madrugada de este lunes un barco de la Flotilla Free Gaza que intenta llevar unas 10 mil toneladas de ayuda humanitaria a la franja de Gaza, con lo que causó la muerte a unas 10 personas y heridas a otras 30.

Según la televisión israelí, el ataque del Estado hebreo dejó 10 víctimas fatales, mientras que una organización no gubernamental (ONG) turca señala que son dos los muertos.

Medios de Turquía han mostrado imágenes captadas dentro del barco turco Mavi Marmara, en las que se veían a los soldados israelíes abriendo fuego.

De esta manera, Israel cumplió las advertencias realizadas el pasado sábado por el portavoz de su Ministerio de Relaciones Exteriores, Ygal Palmor, quien indicó que su país estaba dispuesto a bloquear el paso de las embarcaciones, incluso con el uso de la fuerza.

“Intentaremos impedirles que se acerquen a las costas de la franja de Gaza de manera pacífica, pero si se empeñan en pasar, los bloquearemos”, afirmó Palmor el pasado sábado.

La Flotilla, que busca ayudar al pueblo palestino que vive bajo el férreo bloqueo israelí con el envío de alimentos, enseres, ayudas médicas y materiales para la construcción, puesto que estructuras como hospitales y escuelas han quedado derribadas o en muy mal estado por los ataques realizados por las fuerzas de Israel.

De acuerdo con la prensa turca, el ataque israelí contra la embarcación de la Flotilla Free Gaza se produjo en aguas internacionales a las 04:00 horas locales (01:00 GMT).

Luego de conocerse que Israel había atacado la Flotilla, cientos de personas se concentraron para protestar ante el consulado israelí en la ciudad turca de Estambul.

La Flotilla está compuesto por seis barcos, tres de ellos turcos, y transporta, entre otras cosas, materiales de construcción,

Israel possui armas nucleares e tentou vende-las, diz jornal inglês

domingo, maio 23rd, 2010

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. De Nazen Carneiro para blog www.nazen.tk

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Antes pergunto se alguém viu isso na Globo.

Á notícia é sobre Israel, porém trata-se – além do contexto da redução do arsenal nuclear no mundo – de toda a questão geopolítica do Oriente Médio.

Possuir a bomba atômica representa poder político, aumento do poder de barganha no cenário internacional e uma certa ‘segurança’ quanto a ameça de ataque por outros estados. Após a segunda guerra mundial os países que possuem arsenal nuclear resolveram manter o direito a este tipo de armamento em seu seleto grupo.

Nao se sabe se Israel usaria seu arsenal nuclear de fato. Mas vale destacar que Israel já iniciou conflitos militares contra o Egito, Palestina, Jordânia e muitos outros (leia mais em Israel Armed Conflicts) e em 2009 atacou com bombas de fósforo branco a população da Faixa de Gaza – proibida durante as Convenções de Genebra e especialmente pela Convenção sobre Armas Químicas,[2] [3] reafirmando os termos do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas e biológicas.

As armas de Fósforo Branco matam de forma cruel populações civis, com lesões dolorosas por queimadura química e falência múltipla dos órgãos em questão de minutos.

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Seria o Irã, o real problema? Que atitude  pode-se esperar de Israel que “tentou” vender armas nucleares  ao regime Apartheid da África do Sul?

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. texto abaixo retirado da Folha de São Paulo

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Documentos comprovam que Israel possui armas nucleares, diz jornal inglês

DE FOLHA DE SÃO PAULO – 23/05/2010 – 22h01

Documentos secretos da África do Sul revelam que Israel tentou vender armas nucleares para o país africano na época do apartheid, configurando-se como o primeiro documento oficial que evidencia que os israelenses possuem arsenal nuclear, informou o jornal britânico “The Guardian”.

Os documentos em questão, diz o jornal, são minutas de reuniões entre membros dos governos dos dois países realizadas em 1975.

Na ata, ministro da Defesa sul-africano na época, PW Botha, perguntou sobre as ogivas e o então ministro da Defesa de Israel, Shimon Peres, ofereceu as armas “em três tamanhos” –se referindo a armas convencionais, químicas e nucleares. Shimon Peres é o atual presidente israelense.

Markus Schreiber/AP

O presidente de Israel, Shimon Peres: segundo os documentos, ele tentou vender armas nucleares para a África do Sul

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Os dois ministros ainda assinaram um acordo de cooperação militar entre os dois países, sendo que o próprio acordo continha uma cláusula que determinava o mesmo deveria se manter secreto.

Segundo o jornal britânico, os documentos foram descobertos pelo pesquisador americano Sasha Polakow-Suransky, que estuda a relação entre Israel e África do Sul e escreveu um livro sobre o tema.

O documento é a primeira evidência real de que Israel possui armas nucleares, a despeito de sua política de nem negar nem confirmar que possui este tipo de armamento.

Além disso, a revelação deixa um duplo embaraço diplomático para Israel. O primeiro é que nesta semana haverá discussões na ONU sobre sanções contra o Irã –país adversário de Israel– devido ao programa nuclear do país persa. Os israelenses estão entre os países que mais pressionam pelas sanções. O segundo é que cairia por terra um possívelargumento israelense de que, mesmo que tivesse armas nucleares, seria um país “responsável” o suficiente para mantê-las, uma vez que tentou vender o arsenal para outro país.

As atas das reuniões mostram ainda que os militares sul-africanos desejavam obter armas nucleares para ter um elemento de dissuasão ou até para potenciais conflitos contra países vizinhos.

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** Geopolítica é um campo de conhecimento multidisciplinar, que não se identifica com uma única disciplina, mas se utiliza principalmente da Teoria Política e da Geografia[1] ligado às Ciências HumanasCiências Sociais aplicadas e Geociências.A geopolítica considera a relação entre os processos políticos e as características geográficas — como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional -, nas relações de poder internacionais entre os Estados e entre Estado e Sociedade.

O termo “Geopolítica” foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX, inspirado pela obra de Friedrich RatzelPolitische Geographie (Geografia Política), de 1897.

As teorias geopolíticas costumam considerar o Estado enquanto organismo geográfico, ou seja, partindo do estudo da relação intrínseca entre a geografia e o poder. Método de análise que utiliza os conhecimentos da Geografia Física e da Geografia Humana para orientar a ação política do Estado.

Para José W. Vesentini:

Cquote1.png A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de PODER já o diz (poder implica em dominação, via Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais, sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo da geografia.[2] Cquote2.png

Para Bertha Becker:

Cquote1.png A geopolítica sempre se caracterizou pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. Inicialmente, essas ações tinham como sujeito fundamental o Estado, pois ele era entendido como a única fonte de poder, a única representação da política, e as disputas eram analisadas apenas entre os Estados. Hoje, esta geopolítica atua, sobretudo, por meio do poder de influir na tomada de decisão dos Estados sobre o uso do território, uma vez que a conquista de territórios e as colônias tornaram-se muito caras. [3] Cquote2.png

De acordo com Demétrio Magnoli (1969), é a “ciência que concebe o Estado como um organismo geográfico ou como um fenômeno no espaço”.

Israel é a maior ameaça para paz no Oriente Médio, diz premiê da Turquia

sábado, abril 10th, 2010
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Israel é a maior ameaça para paz no Oriente Médio, diz premiê da Turquia

Em encontro com Sarkozy, premiê também discute adesão à União Européia e possíveis sanções ao Irã

www.nazen.tk |  07 de abril de 2010 | 11h 13
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PARIS – Israel representa atualmente a “principal ameaça para a paz” no Oriente Médio, disse nesta quarta-feira, 7, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, durante uma visita a Paris, em um momento de forte tensão nas relações turco-israelenses.

Israel é a principal ameaça para a paz regional“, disse Erdogan a jornalistas antes de participar de um almoço de trabalho com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, segundo a agência de notícias AFP.

Se um país recorre à força de maneira desproporcional, na Palestina, em Gaza, (e) usa bombas de fósforo, não vamos dizer ‘parabéns’. Vamos lhe perguntar por que age dessa maneira“, disse o chefe do governo turco.

Houve um ataque que deixou 1.500 mortos (a ofensiva israelense contra Gaza no final de 2008 e início de 2009) e os motivos apresentados são falsos“, completou.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu condenou de imediato os “ataques” ditos pela Turquia, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém.

“Nos interessa manter boas relações com a Turquia lamentamos que Erdogan decidiu atacar Israel o tempo todo”, declarou.

A Turquia tem sido tradicionalmente o principal aliado de Israel no mundo muçulmano, mas as relações entre os países se deterioraram desde a guerra em Gaza. Entretanto, apesar das tensões, os dois países têm mantido uma estreita relação em temas como cooperação militar.

O primeiro-ministro turco, chefe do partido islâmico-conservador AKP, se encontra em Paris para conseguir apoio para a adesão de seu país na União Europeia, uma ideia da qual o presidente francês Nicolas Sarkozy tem se mostrado oposto.

“Não vamos perder a esperança”, indicou Erdogan antes do encontro entre os dois chefes de estado. “Creio que Sarkozy poderia revisar sua postura.”

O chefe do governo turco enumerou os argumentos a favor da adesão, incluindo o papel que pode desempenhar como ponte entre Ocidente e o mundo muçulmano, e insistiu no nível de avanço das reformas alcançadas em seu país.

“A Turquia cumpre muitos dos critérios (de adesão) melhor que alguns dos 27 estados membros (da UE), desde os critérios políticos (chamados de Copenhague) até os critérios econômicos de Maastricht”, assinalou.

Apesar de buscar o ingresso do país há anos, a Turquia não pode começar as negociações de adesão até 2005. O processo tem tropeçado com frequência na hostilidade de certos países, e em obstáculos concretos, como a questão envolvendo o Chipre.

França e Alemanha propuseram à Turquia ser sócia privilegiada em lugar de membro.

Os dois dirigentes deviam abordar na reunião de hoje outro tema em desacordo: as sanções contra o Irã, suspeito de desenvolver um programa nuclear para fins militares.

Turquia – atualmente membro do Conselho de Segurança da ONU – se opõe a essas sanções, enquanto que a França e as outras potências ocidentais buscam impor uma terceira rodada de sanções contra Teerã.

“Até o momento, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tem falado de probabilidades e não de certezas” sobre os objetivos militares do programa iraniano, indicou Erdogan. “Não é possível acusar um país baseando-se em probabilidades”, acrescentou.

Charge que circulou pela internet com o Título "Nazi Jew"

Netanyahu lamenta críticas feitas pela Turquia

Primeiro-ministro turco disse que Israel é a maior ameaça à paz no Oriente Médio

www.nazen.tk  |  do portal R7  |  link

AFP
Netanyahu fala à imprensa israelense nesta quarta-feira (7); primeiro-ministro lamentou críticas da Turquia, que disse que Israel é ameaça à paz na região


O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, lamentou nesta quarta-feira (7) as críticas feitas pelo primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que afirmou que Israel representa a principal ameaça para a paz no Oriente Médio

Durante entrevista coletiva, Netanyahu afirmou:

– A nós interessa ter boas relações com a Turquia e lamentamos que Erdogan tenha decidido atacar Israel o tempo todo.

As críticas contundentes de Erdogan foram dirigidas especialmente às ações militares israelenses nos territórios palestinos ocupados:

– Se um país recorre à força de maneira desproporcional, na Palestina, em Gaza, se usa bombas de fósforo, não vamos dizer “bravo”. Vamos perguntar por que atua desta maneira.

Para o primeiro-ministro da Turquia, a incursão israelense em Gaza do fim de 2008 e início de 2009 não teve justificativa:

– Houve um ataque que deixou 1.500 mortos (a ofensiva israelense ) e os motivos invocados são falsos.

Erdogan também fez referência ao relatório do juiz sul-africano Richard Goldstone, elaborado a pedido da ONU, que acusa Israel e os grupos palestinos de terem cometido crimes de guerra durante a operação em Gaza:

– Goldstone é judeu e seu relatório é claro.

Tradicionalmente, a Turquia sempre foi o principal aliado de Israel no mundo muçulmano, mas as relações entre os dois países se deterioraram desde a guerra em Gaza no final de 2008 e começo de 2009.

O Sionismo e a América Latina

terça-feira, janeiro 19th, 2010

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O Sionismo e a América Latina

De: Centro de Midia Independente

Sionismo e Terrorismo andam juntos

Sionismo e Terrorismo andam juntos

O Estado de Israel está buscando transformar a America Latina em plataforma para suas políticas de intervenção e limpeza étnica.

Além de assessoria militar a regimes golpistas e ditatoriais, o sionismo vem arregimentando a mídia da região. A recente visita do presidente da República Islãmica do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, foi uma prova disso. A chamada “grande imprensa” brasileira, praticamente uníssona criticou a visita e parlamentares de direita inclusive fizeram questão de tirar uma casquinha na onda da mídia.

Parecem ter seguido um script escrito por Tel Aviv. E, como dizia o célebre e saudoso jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”.

Nesta esclarecedora entrevista com Sergio Yahni, diretor do Centro de Informação Alternativa de Jerusalém, desvendamos a ação insidiosa dos agentes do sionismo no continente. E o perigo que ela representa para a soberania das nações latino-americanas, para o direito dos povos e as liberdades democráticas. A entrevista foi feita por Catherine Hernandez, William Urbina e Bashir Ahmed, da Rádio Guiniguada.

PerguntaO golpe em Honduras e a instalação de sete novas bases militares norteamericanas na Colômbia evidenciam uma escalada de agressões contra os processos de libertação que estão ocorrendo na América Latina. Como você interpreta essa situação?

Sergio Yahni: O Centro de Informação Alternativa, que é uma organização palestino israelense, se solidariza com os povos da América Latina em sua luta, e também vemos em sua evolução social e política um lugar de esperança não só para a América Latina, mas também para nós, já que o conflito na América Latina contra o Império e o conflito que está ocorrendo no Oriente Médio estão estruturalmente relacionados.

Não se trata apenas de métodos violentos, mas também de métodos que já haviam sido experimentados aqui no Oriente Médio pela ocupação. Então por isso eu digo que nós estamos falando de uma relação estrutural, tanto pela opressão imperialista militar, quanto pela resistência, não é uma mera relação causal.

O que acontece é que a ocupação da Palestina e os conflitos causados pelas forças armadas de Israel tornaram-se um laboratório para experiências em tecnologias militares e táticas que mais tarde também se implementam na América Latina, por exemplo, as mesmas tecnologias de armas sem pessoas, aviões sem pessoas, tanques sem pessoas, e assim por diante, que o Império começa a utilizar na América Latina e são utilizados e experimentados aqui no Oriente Médio, especialmente na Faixa de Gaza contra o povo palestino; esse é um elemento.

O outro elemento é que o exército de Israel e as empresas privadas criadas por generais e coronéis israelenses já intervêm diretamente na América Latina auxiliando a repressão, tanto como instrutores (dando treinamento militar) ou mesmo atuando diretamente.

P: Pelo menos há dois anos sabe-se que os líderes sionistas exportam seu modelo macabro para a Colômbia (Plano Colômbia), mas agora esta presença é descoberta e essa informação é tratada com mais força por causa do que está ocorrendo em Honduras. Que visão vocês têm sobre esse assunto?

SY: Já vimos claramente essa relação na operação que assassinou Raúl Reyes. Vimos que era uma tática clássica do exército israelense a operação militar na Colômbia que assassinou Reyes e, em seguida, toda a propaganda do famoso computador de Reyes. Foram táticas utilizadas aqui anteriormente, e vinham com a assinatura do exército israelense.

Aparentemente, os assassinos de Reyes foram treinados por oficiais israelenses que não foram responsáveis pela operação em si, e também é claro o contato direto do comerciante de armas do exército de Israel, tanto com os paramilitares na Colômbia, como com o governo da Colômbia, não poderia se nomeado: o coronel Yair Klein, que já é um histórico vendedor de armas, principalmente para os paramilitares na Colômbia.

O grande assunto no momento é a situação de Honduras, onde há uma antiga intervenção israelense na América Central, com a presença de oficiais israelenses ativos ou aposentados, que vem da época da revolução nicaragüense, onde havia um coronel israelense, juntamente com Somoza.

Sabemos agora das armas israelenses em Honduras, sabemos que Israel está treinando o exército hondurenho, mas também devemos ter em mente que estamos falando de questões secretas, que nenhum jornal publicou, e por isso sequer estamos tendo o princípio da informação.

P: Que informações vocês têm sobre o papel que jogam estas “empresas de segurança” israelenses com os EUA e a estratégia do governo de Israel?

SY: Existem diferentes níveis que haveríamos de analisar. O primeiro é de nos perguntarmos porque é uma empresa privada, e não diretamente o Estado, e isso tem muito a ver com uma política de ideologia neoliberal, que envolve a privatização de tudo. Temos visto que os bens sociais foram privatizados na América Latina e em todo o mundo, e o último bem social que privatizaram, e isso é latente na guerra do Iraque, são os exércitos.

Estamos em um processo no qual, para o capitalismo e o imperialismo, sai mais barato empregar forças de segurança privadas, do que um exército nacional. Por isso Israel, que está na vanguarda do neoliberalismo, adotou a tática de privatizar a
exportação de tecnologias militares.

Voltando ao caso da Colômbia, que é onde temos mais informações, sabemos que a empresa privada que treinou o exército colombiano para matar Reyes recebeu 10 milhões de dólares para essa operação, e eu estou falando sobre o material que já foi publicado em Israel.

Inicialmente, a Colômbia tinha vindo ao serviço secreto de Israel, o Mossad, para pedir ajuda, e lhes deram o contato com empresas privadas, de pessoas que também fazem esses serviços para o Mossad. Este é o primeiro elemento que devemos levar em conta, estamos falando de um sistema complexo onde a ideologia neoliberal está intervindo.

O segundo elemento é que Israel historicamente – e quando eu digo que historicamente poderíamos voltar para os anos 60, e especialmente para os 70 – é um fornecedor de trabalhos sujos para os EUA. Por razões políticas e outras, há coisas que os EUA não podem fazer, e é aí que começa o papel de Israel, subempreiteiro, e vimos isso em tudo o que conhecemos como América Latina, África e Ásia, onde o Estado de Israel, como um Estado em primeiro lugar, e mais tarde como empresas privadas, tem feito o trabalho sujo.

Quando Somoza era indefensável estavam lá os israelenses para defendê-lo. Em casos como quando havia que dar apoio militar a grupos paramilitares na Colômbia, ali estavam as empresas israelenses para vender armas, pois era algo que os EUA por suas próprias razões e interesses não podiam fazer. Israel aparece como um sub-contratante que trabalha para os EUA.

Agora, temos que levar em conta que devemos olhar as coisas de uma perspectiva de resistência. Perceber que existem contradições e depois ver como podemos usar essas contradições. Porque se Israel é uma empresa subcontratada, dependente dos trabalhos que lhe incubem os EUA, ela também tem seus próprios interesses, e que em muitos casos, vemos que Israel tenta vender armas e treinamento além dos limites que os EUA já tinham delimitado.

Por isso temos que usar duas coisas a partir da perspectiva da resistência:

1) Utilizar essa contradição;

2) No caso de Israel, que está fazendo o trabalho sujo, é muito importante continuar as campanhas de boicote, em especial com a questão da venda de armas israelenses na América Latina. Porque, por exemplo, é inadmissível que estas empresas de segurança, que estão matando pessoas na América Central, ou fazem parte do paramilitarismo na Colômbia, recebam contratos nacionais com o Brasil ou a Argentina. Por isso devemos começar a mobilizar as pessoas para expulsar as forças de segurança de Israel.

P: Em relação à Venezuela, é pautada por Dani Ayalón (ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel) uma base iraniana na América Latina. Qual é a visão que você tem da Venezuela a partir da perspectiva da resistência?

SY: O Estado de Israel vê a Venezuela como parte do eixo do mal, simplesmente. Israel tem seu interesse concreto no Oriente Médio, e está em desacordo com o Irã, porque o Irã tornou-se uma base de resistência ao imperialismo na região, que não é um estado pequeno, é um Estado com capacidade militar para opor-se ao que Israel faz; poderia pôr em perigo a Israel, e é por isso que Israel está tentando isolar o Irã, mas a
Venezuela rompe o isolamento do Irã e assim se torna um inimigo das políticas de Israel, porque a Venezuela não é apenas a Venezuela: é a Alba, são as relações com a América Latina, e também com o Brasil; e o Brasil mantém relações com o Irã, e isso quebra a estratégia de Israel de isolar o Irã.

veja também:

– O Sionismo e o Brasil: parceiros?
Fotos do infanticídio cometido pelos invasores sionistas