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Imprensa prepara campanha contra candidatura de Dilma Roussef – PT

quarta-feira, março 3rd, 2010

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Imprensa prepara campanha contra candidatura de Dilma Roussef – PT

de Bia Barbosa para o site Carta Maior

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.

Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.

A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.

“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.

A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.

“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.

O tal ataque
Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.

“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.

“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.

O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.

Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.

“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (…) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (…) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.

O “risco Dilma”
Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.

Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.

Hora de reagir
E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.

“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.

“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.

Fotos:  Bia Barbosa

veja materia no site de Carta Maior

Câmara Federal disponibiliza 0800 para população votar isenção de taxa básica de telefonia

terça-feira, fevereiro 2nd, 2010

Câmara Federal disponibiliza 0800 para população votar isenção de taxa básica de telefonia

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A Câmara Federal disponibiliza na semana entre 012 e Sexta-feira, 082, um telefone “0800” para que a população manifeste sua opnião a respeito.

Trata-se do Projeto de Lei de n.º 5476/2001 e caso esta lei entre em vigor, o consumidor pagará apenas pelas ligações efetuadas, acabando com a taxa obrigatória chamada de “assinatura mensal”, como nos tempos pré-privatização do sistema Telebrás.

Este projeto está tramitando na ‘COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR’, na Câmara.

CANCELAMENTO DA TAXA TELEFÔNICA de: R$ 40,37 (residencial) e R$ 56,08 (comercial)

Quando se trata do interesse da população, nada é divulgado nos grandes meios de Comunicação, então fique atento.

Ligue 0800-619619.

A ligação não deve demorar mais do que um minuto e após ouvir a mensagem deve-se  escolher a primeira opção, então digitar “1” novamente, confirmando assim o voto a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo.

Quantos mais ligarem, maior a chance da Câmara atender a reivindicação.

O maior problema té agora é que muitas vezes o cidadão é atendido por uma gravação que, como nos telemarketings que tanto causam raiva e reclamações nos PROCONs pelo Brasiil, avisa que “no momento, todos os terminais estão ocupados”.

Tá difícil!

A longa história de assassinatos cometidos por Israel

sexta-feira, janeiro 29th, 2010

Long history of Israel’s ‘covert killing’

Wall mural showing PLO leaders Khalil al-Wazir [l] and Yasser Arafat [r]

PLO second in command Khalil al-Wazir (left) was assassinated by Israeli commandos in Tunisia
By Heather Sharp
BBC News, Jerusalem

The Islamic movement Hamas claims that the death of one its senior commanders, Mahmoud al-Mabhouh, is the latest in Israel’s history of assassinating individuals it believes to have been behind attacks on its citizens.

Israel’s general policy is to neither confirm nor deny allegations about the activities of its intelligence agents but it is notable that many of its enemies meet suspicious and violent deaths.

“We are witnessing an intense intelligence struggle, most of it is covert, some of it overt,” said Ronen Bergman, author of By Any Means Necessary, and other books and articles on Israel’s covert operations.

Munich hostage taker
In some cases Israel has decided to close the circle and take revenge on people who were behind symbolic acts of terrorism
Ronen Bergman
Investigative journalist

Among the best documented of Israel’s assassinations were a wave of killings of pro-Palestinian militants in Paris, Nicosia, Beirut and Athens, carried out in response to the hostage crisis at the Munich Olympics in 1972 which resulted in the deaths of 11 Israelis.

Methods used included a booby-trapped telephone, a bomb planted in a bed, and a raid in Beirut in which current Defence Minister Ehud Barak dressed as a woman.

There are even claims that a poisoned chocolate was later used to kill a commander of the Popular Front for the Liberation of Palestine in East Germany in 1978.

In 1987 Israel made no attempt to disguise their assassination of Khalil al-Wazir – known as Abu Jihad – the Palestine Liberation Organisation’s military leader and second in command.

Israeli commandos crept into Tunisia, where the PLO’s exiled leadership was based, and shot him several times in his own home before escaping by sea.

It was an operation in which Mr Barak is also believed to have been involved.

Covert failure

In 1997 during the current Prime Minister Benjamin Netanyahu’s first term in office, one special operation went humiliatingly wrong.

Khaled Meshaal

Khaled Meshaal’s life was saved by Jordan and the US

Israeli agents tried to kill Khaled Meshaal, who was then a fund-raiser for Hamas based in Amman.

Disguised as Canadian tourists, they injected poison into his ear – but he was rushed to hospital before it took full effect.

Mr Meshaal’s life was literally saved by Jordan’s then King Hussein, who was outraged by the attack and – boosted by pressure from then US President Bill Clinton – demanded the Israeli government hand over the antidote.

The agents – who had been arrested – were exchanged for an Israeli apology and the release of 20 prisoners, including Sheikh Ahmad Yassin, Hamas’s spiritual leader.

Mr Meshaal has gone on to become Hamas’s Damascus-based leader.

Targeted killings

As the second Intifada, or Palestinian uprising, raged in the years after 2000, Israel turned its sights on militant leaders within Gaza and the West Bank.

Shiekh Ahmad Yassin

Sheikh Yassin was killed in an Israeli air strike in 2004

Militant groups sent waves of suicide bombers to attack Israeli civilian targets such as buses and cafes.

Part of Israel’s response was the controversial policy it described as “targeted” killings – Amnesty International described them as “extra-judicial”.

Palestinians say dozens of militant figures, including Sheikh Yassin and another senior Hamas leader Abdel Aziz al-Rantissi, were killed, in many cases by missiles launched from helicopters.

But in 2008, allegations of Israeli action farther afield intensified with the death of Hezbollah commander Imad Mughniyeh, implicated in numerous bomb attacks and a wave of hostage-taking in Lebanon in the 1980s.

Hezbollah wasted little time in blaming Israel for his death in a car bomb in Damascus.

The group is thought to have been trying to avenge his death ever since.

‘Revenge’

Investigative journalist Mr Bergman says the past three to four years have seen the Hamas, Hezbollah, Iran and Syria alliance “far more exposed” by Israeli intelligence, and on the defensive.

Even in recent weeks, the deaths of two Hamas members in a bombing in Lebanon, an attempt to bomb an Israeli diplomatic convoy in Jordan, and the mysterious killing of an Iranian scientist – though a quantum physicist, not a nuclear specialist – offer more material for speculation.

Targeting Mr Mabhouh would fit with Israel’s historical policy, Mr Bergman adds.

“In some cases Israel has decided to close the circle and take revenge on people who were behind symbolic acts of terrorism – not necessary the most violent or lethal acts,” he said.

And this can happen years after the incident in question.

Hamas claims Mr Mabhouh is the mastermind of the capture and killing of two Israeli soldiers, Avi Sasportas and Ilan Saadon, in 1989.

Sgt Sasportas’s body was located seven years later, from a sketched map supplied by the Palestinians, and dug up from underneath a road that had been built over it.

The incident was an emotional one for the public in a country where most people serve in the military.

Mr Mabhouh’s brother said Israel had been trying to kill him for years, and had unsuccessfully attempted to poison him six months earlier in Beirut.

But the reports remain confusing, with allegations that he was electrocuted, suffocated and poisoned all circulating – as well as reports that Hamas initially announced that he had died from bone disease a week earlier.

And this incident, like many before it, may remain shrouded in mystery, even as Hamas vows to take revenge.

Há 65 anos, Exército Vermelho libertava campo de concentração de Auschwitz

quinta-feira, janeiro 28th, 2010
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Há 65 anos, Exército Vermelho libertava campo de concentração de Auschwitz

De: Max Altman em www.zedirceu.com.br
A 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho em sua arremetida final em direção a Berlim, libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio nazista. Em suas câmaras de gás e crematórios, foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se sinônimo do genocídio contra os judeus, ciganos, eslavos, homossexuais e outros grupos perseguidos pelos nazistas. O dia da libertação de Auschwitz pelo Exército Vermelho – 27 de janeiro de 1945 – foi declarado pelas Nações Unidas Dia Internacional em Memória do Holocausto.

27 de janeiro

As tropas soviéticas chegaram a Auschwitz, hoje Polônia, na tarde de 27 de janeiro de 1945, um sábado. A forte resistência dos soldados alemães causou um saldo de 231 mortos entre os soviéticos. Oito mil prisioneiros foram libertados, a maioria em situação deplorável devido ao martírio que enfrentaram.

“Na chegada ao campo de concentração, um médico e um comandante questionavam a idade e o estado de saúde dos prisioneiros”, contou Anita Lasker, uma das sobreviventes. Depois disso, as pessoas eram encaminhadas para a esquerda ou para a direita, ou seja, para os aposentos ou direto para o crematório. Quem alegasse qualquer problema estava, na realidade, assinando sua sentença de morte.

Auschwitz-Birkenau foi criado em 1940, a cerca de 60 quilômetros da cidade polonesa de Cracóvia. Concebido inicialmente como centro para prisioneiros políticos, o complexo foi ampliado em 1941. Um ano mais tarde, a SS (Schutzstaffel) instituiu as câmaras de gás com o altamente tóxico Zyklon B. Usada em princípio para combater ratos e desinfetar navios, quando em contato com o ar a substância desenvolve gases que matam em questão de minutos. Os corpos eram incinerados em enormes crematórios.

Um dos médicos que decidiam quem iria para a câmara de gás era Josef Mengele, que fugiu para o Brasil depois do fim da guerra.. Segundo Lasker, ele se ocupava com pesquisas: “Levavam mulheres para o Bloco 10 em Auschwitz. Lá, elas eram esterilizadas, isto é, se faziam com elas experiências como se costuma fazer com porquinhos da Índia. Além disso, faziam experiências com gêmeos: quase lhes arrancavam a língua, abriam o nariz, coisas deste tipo…”

Os que sobrevivessem eram obrigados a trabalhos forçados. A empresa IG Farben, por exemplo, abriu um centro de produção em Auschwitz-Monowitz. Em sua volta, instalaram-se outras firmas, como a Krupp. Ali, expectativa de vida dos trabalhadores era de três meses, explica a sobrevivente.

“A cada semana era feita uma triagem”, relata a sobrevivente Charlotte Grunow. “As pessoas tinham de ficar paradas durante várias horas diante de seus blocos. Aí chegava Mengele. Com um simples gesto, ele determinava o fim de uma vida com que não simpatizasse.”

Para apagar os vestígios do Holocausto antes da chegada do Exército Vermelho, a SS implodiu as câmaras de gás em 1944 e evacuou a maioria dos prisioneiros. Charlotte Grunow e Anita Lasker foram levadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Outros 65 mil que haviam ficado em Auschwitz já podiam ouvir os tiros dos soldados soviéticos quando, a 18 de janeiro, receberam da SS a ordem para a retirada.

“Fomos literalmente escorraçados”, lembra Pavel Kohn, de Praga. “Sob os olhos da SS e dos soldados alemães, tivemos de deixar o campo de concentração para marchar dia e noite numa direção desconhecida. Quem não estivesse em condições de continuar caminhando, era executado a tiros”, conta. Milhares de corpos ficaram ao longo da rota da morte. Para eles, a libertação chegou muito tarde.

Max Altman é advogado e militante petista.

O Sionismo e a América Latina

terça-feira, janeiro 19th, 2010

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O Sionismo e a América Latina

De: Centro de Midia Independente

Sionismo e Terrorismo andam juntos

Sionismo e Terrorismo andam juntos

O Estado de Israel está buscando transformar a America Latina em plataforma para suas políticas de intervenção e limpeza étnica.

Além de assessoria militar a regimes golpistas e ditatoriais, o sionismo vem arregimentando a mídia da região. A recente visita do presidente da República Islãmica do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, foi uma prova disso. A chamada “grande imprensa” brasileira, praticamente uníssona criticou a visita e parlamentares de direita inclusive fizeram questão de tirar uma casquinha na onda da mídia.

Parecem ter seguido um script escrito por Tel Aviv. E, como dizia o célebre e saudoso jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”.

Nesta esclarecedora entrevista com Sergio Yahni, diretor do Centro de Informação Alternativa de Jerusalém, desvendamos a ação insidiosa dos agentes do sionismo no continente. E o perigo que ela representa para a soberania das nações latino-americanas, para o direito dos povos e as liberdades democráticas. A entrevista foi feita por Catherine Hernandez, William Urbina e Bashir Ahmed, da Rádio Guiniguada.

PerguntaO golpe em Honduras e a instalação de sete novas bases militares norteamericanas na Colômbia evidenciam uma escalada de agressões contra os processos de libertação que estão ocorrendo na América Latina. Como você interpreta essa situação?

Sergio Yahni: O Centro de Informação Alternativa, que é uma organização palestino israelense, se solidariza com os povos da América Latina em sua luta, e também vemos em sua evolução social e política um lugar de esperança não só para a América Latina, mas também para nós, já que o conflito na América Latina contra o Império e o conflito que está ocorrendo no Oriente Médio estão estruturalmente relacionados.

Não se trata apenas de métodos violentos, mas também de métodos que já haviam sido experimentados aqui no Oriente Médio pela ocupação. Então por isso eu digo que nós estamos falando de uma relação estrutural, tanto pela opressão imperialista militar, quanto pela resistência, não é uma mera relação causal.

O que acontece é que a ocupação da Palestina e os conflitos causados pelas forças armadas de Israel tornaram-se um laboratório para experiências em tecnologias militares e táticas que mais tarde também se implementam na América Latina, por exemplo, as mesmas tecnologias de armas sem pessoas, aviões sem pessoas, tanques sem pessoas, e assim por diante, que o Império começa a utilizar na América Latina e são utilizados e experimentados aqui no Oriente Médio, especialmente na Faixa de Gaza contra o povo palestino; esse é um elemento.

O outro elemento é que o exército de Israel e as empresas privadas criadas por generais e coronéis israelenses já intervêm diretamente na América Latina auxiliando a repressão, tanto como instrutores (dando treinamento militar) ou mesmo atuando diretamente.

P: Pelo menos há dois anos sabe-se que os líderes sionistas exportam seu modelo macabro para a Colômbia (Plano Colômbia), mas agora esta presença é descoberta e essa informação é tratada com mais força por causa do que está ocorrendo em Honduras. Que visão vocês têm sobre esse assunto?

SY: Já vimos claramente essa relação na operação que assassinou Raúl Reyes. Vimos que era uma tática clássica do exército israelense a operação militar na Colômbia que assassinou Reyes e, em seguida, toda a propaganda do famoso computador de Reyes. Foram táticas utilizadas aqui anteriormente, e vinham com a assinatura do exército israelense.

Aparentemente, os assassinos de Reyes foram treinados por oficiais israelenses que não foram responsáveis pela operação em si, e também é claro o contato direto do comerciante de armas do exército de Israel, tanto com os paramilitares na Colômbia, como com o governo da Colômbia, não poderia se nomeado: o coronel Yair Klein, que já é um histórico vendedor de armas, principalmente para os paramilitares na Colômbia.

O grande assunto no momento é a situação de Honduras, onde há uma antiga intervenção israelense na América Central, com a presença de oficiais israelenses ativos ou aposentados, que vem da época da revolução nicaragüense, onde havia um coronel israelense, juntamente com Somoza.

Sabemos agora das armas israelenses em Honduras, sabemos que Israel está treinando o exército hondurenho, mas também devemos ter em mente que estamos falando de questões secretas, que nenhum jornal publicou, e por isso sequer estamos tendo o princípio da informação.

P: Que informações vocês têm sobre o papel que jogam estas “empresas de segurança” israelenses com os EUA e a estratégia do governo de Israel?

SY: Existem diferentes níveis que haveríamos de analisar. O primeiro é de nos perguntarmos porque é uma empresa privada, e não diretamente o Estado, e isso tem muito a ver com uma política de ideologia neoliberal, que envolve a privatização de tudo. Temos visto que os bens sociais foram privatizados na América Latina e em todo o mundo, e o último bem social que privatizaram, e isso é latente na guerra do Iraque, são os exércitos.

Estamos em um processo no qual, para o capitalismo e o imperialismo, sai mais barato empregar forças de segurança privadas, do que um exército nacional. Por isso Israel, que está na vanguarda do neoliberalismo, adotou a tática de privatizar a
exportação de tecnologias militares.

Voltando ao caso da Colômbia, que é onde temos mais informações, sabemos que a empresa privada que treinou o exército colombiano para matar Reyes recebeu 10 milhões de dólares para essa operação, e eu estou falando sobre o material que já foi publicado em Israel.

Inicialmente, a Colômbia tinha vindo ao serviço secreto de Israel, o Mossad, para pedir ajuda, e lhes deram o contato com empresas privadas, de pessoas que também fazem esses serviços para o Mossad. Este é o primeiro elemento que devemos levar em conta, estamos falando de um sistema complexo onde a ideologia neoliberal está intervindo.

O segundo elemento é que Israel historicamente – e quando eu digo que historicamente poderíamos voltar para os anos 60, e especialmente para os 70 – é um fornecedor de trabalhos sujos para os EUA. Por razões políticas e outras, há coisas que os EUA não podem fazer, e é aí que começa o papel de Israel, subempreiteiro, e vimos isso em tudo o que conhecemos como América Latina, África e Ásia, onde o Estado de Israel, como um Estado em primeiro lugar, e mais tarde como empresas privadas, tem feito o trabalho sujo.

Quando Somoza era indefensável estavam lá os israelenses para defendê-lo. Em casos como quando havia que dar apoio militar a grupos paramilitares na Colômbia, ali estavam as empresas israelenses para vender armas, pois era algo que os EUA por suas próprias razões e interesses não podiam fazer. Israel aparece como um sub-contratante que trabalha para os EUA.

Agora, temos que levar em conta que devemos olhar as coisas de uma perspectiva de resistência. Perceber que existem contradições e depois ver como podemos usar essas contradições. Porque se Israel é uma empresa subcontratada, dependente dos trabalhos que lhe incubem os EUA, ela também tem seus próprios interesses, e que em muitos casos, vemos que Israel tenta vender armas e treinamento além dos limites que os EUA já tinham delimitado.

Por isso temos que usar duas coisas a partir da perspectiva da resistência:

1) Utilizar essa contradição;

2) No caso de Israel, que está fazendo o trabalho sujo, é muito importante continuar as campanhas de boicote, em especial com a questão da venda de armas israelenses na América Latina. Porque, por exemplo, é inadmissível que estas empresas de segurança, que estão matando pessoas na América Central, ou fazem parte do paramilitarismo na Colômbia, recebam contratos nacionais com o Brasil ou a Argentina. Por isso devemos começar a mobilizar as pessoas para expulsar as forças de segurança de Israel.

P: Em relação à Venezuela, é pautada por Dani Ayalón (ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel) uma base iraniana na América Latina. Qual é a visão que você tem da Venezuela a partir da perspectiva da resistência?

SY: O Estado de Israel vê a Venezuela como parte do eixo do mal, simplesmente. Israel tem seu interesse concreto no Oriente Médio, e está em desacordo com o Irã, porque o Irã tornou-se uma base de resistência ao imperialismo na região, que não é um estado pequeno, é um Estado com capacidade militar para opor-se ao que Israel faz; poderia pôr em perigo a Israel, e é por isso que Israel está tentando isolar o Irã, mas a
Venezuela rompe o isolamento do Irã e assim se torna um inimigo das políticas de Israel, porque a Venezuela não é apenas a Venezuela: é a Alba, são as relações com a América Latina, e também com o Brasil; e o Brasil mantém relações com o Irã, e isso quebra a estratégia de Israel de isolar o Irã.

veja também:

– O Sionismo e o Brasil: parceiros?
Fotos do infanticídio cometido pelos invasores sionistas


Um ano após ‘crise financeira’, bancos estabelecem recorde de lucros nos estados unidos

sexta-feira, janeiro 15th, 2010

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Um ano após ‘crise financeira’, bancos estabelecem recorde de lucros nos estados unidos

16 de Janeiro de 2010  |  de New York Times e France Presse, em Nova York

A Instituição financeira JPMorgan Chase 23 anos após sua fundação, em 1986, comemora recorde. Empresa cresceu bastante com a compra do Bearn Sterns, Washington Mutual entre outros durante a ‘crise financeira’ nos Estados Unidos, em 2009.

Capitalismo

JPMorgan Chase Earns $11.7 Billion in Year

Published: January 15, 2010

JPMorgan Chase kicked off what is expected to be a robust — and controversial — reporting season for the nation’s banks Friday with news that its profits and pay for 2009 soared.

In a remarkable rebound from the depths of the financial crisis, Morgan earned $11.7 billion last year, more than double its profit in 2008. The bank earned $3.3 billion in the fourth quarter alone.

Overall, JPMorgan said 2009 net income rose to $2.26 a share. That compares to profit of $5.6 billion, or $1.35 a share, during 2008 when the panic gripped the industry. Revenues grew to a record $108.6 billion, up 49 percent.

The strong results — coming a day after the Obama administration, to howls from Wall Street, unveiled its plans to tax big banks to recoup some of the money the government expects to lose from bailing out the financial system — underscored the gaping divide between the financial industry and the many ordinary Americans who are still waiting for an economic recovery. Over the next week or so, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs and Morgan Stanley are expected to report similar surges in pay when they release their year-end numbers.

In a statement Friday, the chairman and chief executive of JPMorgan, Jamie Dimon, struck a cautious tone . “We are gratified that we generated earnings of $3.3 billion for the fourth quarter and nearly $12 billion for the year,” Mr. Dimon said. “Though these results showed improvement, we acknowledge that they fell short of both an adequate return on capital and the firm’s earnings potential.”

As it did throughout 2009, JPMorgan Chase pulled off a profit in the fourth quarter after a solid trading performance helped offset large consumer losses. The bank set aside another $1.9 billion to its consumer loan loss reserves — a hefty sum but a smaller amount than future quarters.

JPMorgan has emerged from the crisis with renewed swagger. Unlike several other banking chiefs, Mr. Dimon has emerged with his reputation relatively unscathed. Indeed, he is regarded both on Wall Street and in Washington as a pillar of the industry. On Wednesday on Capitol Hill, during a hearing of the government panel charged with examining the causes of the financial crisis, Mr. Dimon avoided the grilling given to Lloyd C. Blankfein, the head of Goldman Sachs. Mr. Dimon was also the only banker to publicly oppose the administration’s proposed tax on the largest financial companies.

Inside NYTimes.com

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Marco da crise, quebra do Lehman Brothers vai completar um ano

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da France Presse, em Nova York | 09/09/200912h27

Há um ano, as finanças americanas viram suas bases sofrer uma verdadeira implosão com a inesperada crise dos empréstimos imobiliários de alto risco, a quebra de símbolos nacionais como os bancos Lehman Brothers e Merrill Lynch e a busca desesperada por nacionalizações de emergência.

Relembre declarações varridas pela crise econômica
Um ano depois de Lehman Brothers, regulação continua fraca
Cronologia da crise econômica que abalou os mercados pelo mundo

Na memória coletiva, a arquitetura financeira que inspirou os mercados mundiais com seu modelo desabou como um castelo de cartas em setembro de 2008.

“Não houve catalisador, mas um amplo movimento de pânico”, explicou Cary Leahey, economista da Decision Economics.

O apetite exagerado das finanças americanas nos últimos anos pelos “subprimes” e as aplicações atreladas a créditos imobiliários de alto risco com rendimentos potencialmente muito elevados desencadearam a destruição do setor assim que o mercado imobiliário despencou.

Pouco conhecidas do grande público, Freddie Mac e Fannie Mae, as duas instâncias que garantiam o essencial do refinanciamento dos estabelecimentos que oferecem créditos hipotecários, foram colocadas sob tutela do Estado em 7 de setembro com uma injeção de 200 bilhões de dólares de fundos públicos.

Isso foi apenas o começo.

“No espaço de três dias, o Lehman Brothers pediu concordata, o líder dos seguros AIG foi assumida pelo governo americano, e um dos ícones de Wall Street, Merrill Lynch, foi absorvido pelo Bank of America através de um acordo negociado e financiado por Washington”, lembrou Jeffrey Sachs, professor de economia na Universidade de Columbia.

Dias mais tarde, os dois últimos bancos de negócios americanos, Goldman Sachs e Morgan Stanley, renunciaram a seu status para adotar o de simples holding bancária, tornando-se alvos do estrito controle das autoridades do setor para poder ter acesso aos financiamentos públicos.

O banco JPMorgan comprou, com apoio de Washington, o Washington Mutual, maior banco de depósitos a falir na história dos EUA.

O Citigroup, que dominava o banco mundial havia uma década, ficou isolado e pressionado por centenas de bilhões de dólares investidos em aplicações de risco, cujo valor foi reduzido a zero.

Sua sorte será condenada nos próximos meses: ele passará por recapitalizações sucessivas pelo Estado, que garantirá também 300 bilhões de dólares de seus ativos tóxicos em troca de uma maioria de controle de 36%.

Lehman Brothers

Na manhã de 15 de setembro de 2008, uma segunda-feira, o respeitado banco de negócios Lehman Brothers, então o quarto maior dos Estados Unidos, surpreendeu o mundo ao anunciar sua quebra após um fim de semana de discussões de urgência, provocando uma onda de choque da dimensão de uma crise financeira planetária.

A falência do estabelecimento, de 158 anos de idade, foi precipitada por sua incapacidade de se refinanciar após a crise dos “subprimes” e do crédito.

O Lehman foi, na realidade, incapaz no início de setembro de levantar fundos no mercado.

A esta altura, sua valorização na Bolsa despencou 90% em um ano, a US$ 2,5 bilhões: menos do que valia o Bear Stearns quando este outro pilar de Wall Street foi resgatado da falência, em março de 2008, através de sua compra pelo JPMorgan com apoio de Washington.

Na sexta-feira anterior, dia 12, o Lehman caiu 13,5% na Bolsa de Nova York. Na Casa Branca, o Tesouro “avisou que acompanharia de perto os mercados e ficaria em contato com seus autores”.

Tim Geithner, enquanto presidente do Federal Reserve de Nova York, reuniu os principais banqueiros do mercado para discutir o destino do Lehman. Participaram também os responsáveis do Tesouro e do regulador da Bolsa SEC.

Os possíveis compradores estavam convencidos. O Bank of America preferiu comprar um outro banco de negócios de Wall Street, o Merrill Lynch. O banco britânico Barclays deu sinais de sufoco e pediu ajuda federal, apesar do plano Bear Stearns.

A SEC afirmou que a meta era de “proteger os clientes do Lehman e manter a ordem nos mercados”.

Mas o ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, sempre muito escutado, declarou que não era preciso proteger todos os grandes bancos.

‘A falência de um grande banco em si não é um problema”, disse. “Tudo depende como a liquidação é feita”, acrescentou.

As negociações terminaram pouco depois de 1h da manhã de segunda-feira. Imediatamente, o Lehman pediu concordata no tribunal de Nova York.

Empregados ainda chocados com a notícia foram à sede do banco, em pleno coração de Manhattan, enfrentando multidões de fotógrafos e jornalistas.

Em plena campanha presidencial, os políticos se mostravam seguros.

O presidente George W. Bush se disse confiante na flexibilidade e na resistência dos mercados financeiros e em sua faculdade de enfrentar estes ajustes.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, considerou o sistema bancário “sadio” e tranquilizou os americanos sobre a garantia de suas contas.

Mas o candidato democrata Barack Obama criticou os oito anos dos republicanos no poder, dizendo que eles levaram os EUA à crise mais grave desde à Grande Depressão e defendendo uma regulamentação que protegesse investidores e consumidores.

Seu adversário republicano John McCain, fiel a seu credo liberal, comemorou ao contrário que o Federal Reserve e o departamento do Tesouro tivessem garantido que não utilizariam o dinheiro do contribuinte para dar liquidez ao Lehman”.

“Não temos poder necessário para fazer isso”, disse um mês mais tarde Henry Paulson.

Então, diante do pânico dos mercados mundiais provocado pelo abandono do Lehman, as autoridades mudaram de ideia: em 16 de setembro, elas nacionalizaram de fato a seguradora AIG para evitar sua falência, com uma série de intervenções ao capital do estabelecimento financeiro. (mais…)

Relatório diz que soldados mataram 150 civis e estupraram mulheres no gramado durante ato pacífico há 3 meses na Guiné

segunda-feira, dezembro 21st, 2009

www.nazen.tk

for english:
The Guardian UK   ,    Radio France Internationale


Massacre e e estupros contra população de Guiné, há 3 meses

Massacre e e estupros contra população de Guiné, há 3 meses

Massacre em estádio permitido por governo golpista de Guiné, na África

Relatório diz que soldados mataram 150 civis e estupraram mulheres no gramado durante ato pacífico há 3 meses na Guiné

de: Jamil Chade no O Estado de S. Paulo

Guiné, na África

Guiné, na África

Relatório diz que soldados mataram 150 civis e estupraram mulheres no gramado durante ato pacífico há 3 meses na Guiné

No momento em que o continente africano se prepara para receber, pela primeira vez, uma Copa do Mundo, investigações realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por uma ONG independente comprovam que um estádio de futebol foi usado, há três meses, para perpetuar um massacre que pode ter deixado até 200 mortos. A matança ocorreu em Conacri, capital da Guiné – ex-colônia francesa de 10 milhões de habitantes situada no oeste africano. O estádio da capital foi invadido por soldados do Exército durante um protesto pacífico, convocado por civis, pedindo democracia. Além de abrir fogo contra a multidão, soldados estupraram mulheres no gramado e executaram civis nos vestiários e até nas arquibancadas.

A porta-voz da ONU, Helena Ponomareva, confirmou na semana passada em Genebra que há indicações de envolvimento oficial do Exército no massacre. Segundo ela, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, está a par da investigação e deve anunciar medidas nos próximos dias. De acordo com o relatório, o governo tentou camuflar o massacre, retirando dezenas de corpos do estádio.

Lamsana Comté

Lamsana Conte, ditador assasinado em dezembro de 2008

Guiné vive uma das ditaduras militares mais violentas do continente africano. O líder da junta que comanda o país, capitão Moussa Dadis Camara, é conhecido por sua truculência. Ele tomou o poder em dezembro do ano passado, após a morte do presidente Lansana Conte – um general que governava Guiné desde 1984.

Camara, acenando ao meio

Camara, acenando ao meio

Camara, o atual ditador, foi baleado há duas semanas por seu principal assessor, Abubakar Toumba Diakite, que fugiu. O líder da junta sobreviveu, mas foi seriamente ferido. A rádios francesas, Diakite explicou que atirou em Camara para tentar se defender do que ele acredita ser uma campanha do presidente para jogar nele a responsabilidade pelo massacre no estádio de Conacri.

O protesto que gerou a matança ocorreu em 28 de setembro e foi convocado como uma grande festa cívica pela volta da democracia. O estádio estava lotado quando um grupo de soldados entrou em campo atirando e batendo em quem encontrava pela frente.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch calcula em 200 o número de mortos. Em novembro, uma equipe da ONU viajou para a capital de Guiné e fez um minucioso levantamento. De acordo com suas investigações, os mortos chegariam a 150. A junta militar que governa o país admite apenas 57 mortes – “todas geradas por confrontos entre soldados e bandidos”, segundo comunicado oficial.

Mas as investigações reforçam a certeza de que a repressão ocorreu sem qualquer resistência. Pessoas foram achadas fuziladas debaixo dos assentos nas arquibancadas, dentro dos vestiários e nos corredores do estádio.

Enquanto civis eram baleados, mulheres foram levadas até o gramado do estádio e estupradas pelos soldados diante da multidão, enquanto recebiam socos e pontapés. A Human Rights Watch não sabe quantas mulheres teriam passado por tal humilhação de forma pública. A ONG revela ter conseguido entrevistar 28 mulheres que admitiram ter sofrido os abusos no interior do estádio.

Os relatos das vítimas são aterradores. Algumas revelam terem sido estupradas mais de uma vez por grupos de homens no gramado. Segundo os documentos da Human Rights Watch, pelo menos quatro mulheres foram baleadas após sofrerem abuso sexual. Outras ainda foram violadas com baionetas e rifles. Há até o caso de uma mulher baleada na vagina.

“Os abusos cometidos na Guiné não foram ações de soldados indisciplinados, como o governo pretende alegar”, afirmou o representante da Human Rights Watch, Peter Bouckaert. “Foram ações premeditadas e a cúpula do governo sabia o que iria ocorrer”, acrescentou.

veja também:

Calls by opposition, civil society to prosecute killers

Article published on the 2009-10-0

Problema: As laranjas ou os Laranjas?

terça-feira, outubro 27th, 2009

www.nazen.tk  |  27 de Outubro de 2009

Problema: As laranjas ou os Laranjas?

Leia abaixo respota de Gilmar Mauro, da Direção Estadual do MST em São Paulo, à crítica contundente expressada pela imprensa nacional ao episódio da ‘derrubada dos pés de Laranja’ em Fazenda paulista. O grande ‘detalhe’  não mencionado na imprensa é que tal fazenda é grilagem de terras públicas.

*Na região de Capivari, interior de São Paulo, quando alguém exagera, tem uma expressão que diz: “Pare de Show“!* É patético ver Senadores(as), Deputados(as) e outros tantos “ilustres” se revezarem nos microfones em defesa das laranjas da Cutrale. Muitos destes, possivelmente, já foram beneficiados com os “sucos” da empresa para suas campanhas, ou estão de olho para obter as “vitaminas” no próximo pleito. Mas nenhum deles levantou uma folha para denunciar o grande grilo do complexo Mansões.


Pés de laranja são derrubados em fazenda 'grilada' no interior de São Paulo
Pés de laranja são derrubados em fazenda ‘grilada’ no interior de São Paulo


AS LARANJAS, E NÃO PODERIA TER PLANTA MELHOR, SÃ O A TENTATIVA DE

JUSTIFICAR A GRILAGEM DA ‘CUTRALE’ E OUTRAS EMPRESAS NA REGIÃO.

PASSAR POR CIMA DAS LARANJAS, É PASSAR POR CIMA DO GRILO E DA

CORRUPÇÃO QUE MANTÉM ESTA SITUAÇÃO A TANTO TEMPO.

Não é a primeira vez que ocupamos este latifúndio. Eu mesmo ajudei a fazer a primeira ocupação na região em 1995 para denunciar o grilo e pedir ao Estado providências na arrecadação das terras para a Reforma Agrária. Passados quase 10 anos, algumas áreas foram arrecadadas e hoje são assentamentos, mas a maioria das terras continua sob o domínio de grandes grupos econômicos. E mais. a Cutrale instalou-se lá a 4 ou 5 anos, sabendo que as terras eram griladas e, portanto, com claro interesse na regularização das terras a seu favor. Para tal, plantou “laranjas”! Aliás, parece ter “plantado um laranjal no Congresso Nacional e nos meios de comunicação”. O que não é nenhuma novidade!

Durante a nossa marcha Campinas-São Paulo em agosto, um acidente provocou a morte da companheira Maria Cícera, uma senhora que estava acampada a 09 anos lutando para ter o seu pedaço de terra e morreu sem tê-la. Esta senhora estava acampada na região do grilo, mas nenhum dos “ilustres” defensores das laranjas pediu a palavra para denunciar a situação. Nenhum dos ilustres, fez críticas para denunciar a inoperância do Estado, seja executivo, judiciário…, em arrecadar as terras que são da União para resolver o problema da Dona Cícera e das centenas de famílias que lutam por um pedaço de terra naquela região, e das milhares no País. Poucos no Congresso Nacional levantam a voz, pra não dizer outra coisa, para garantir que sejam aplicadas as leis da Constituição que fala da *FUNÇÃO SOCIAL DA TERRA: *

a) Produzir na terra;

b) Respeitar a legislação ambiental

c) Respeitar a legislação trabalhista.

Não preciso delongas para dizer que a Constituição de 88 não foi cumprida. E falam de Estado Democrático de Direito! Pra quem? Com certeza eles só vêem o artigo que defende a propriedade a qualquer custo. Este Estado Democrático de Direito para alguns poucos, é o Estado garantidor da propriedade, da concentração de terras e riquezas, de repressão e criminalização para para os Movimentos sociais e a maioria do povo.

Para aqueles que se sustentam na/da “pequena política”, com microfones disponíveis em rede nacional, e acreditam que a história terminou, de fato, encontram nestes episódios a matéria prima para o gozo pessoal e, com isso, só explicitam a sua pobreza subjetiva. E para eles, é certo, a história terminou. Mas para a grande maioria, que acredita que a história continua, que o melhor da história se quer começou, fazem da sua luta cotidiana espaço de debate e construção de uma sociedade mais justa. Acreditam ser possível dar função social a terra e a todos os recursos produzidos pala sociedade. Lutam para termos uma agricultura que produza alimentos saudáveis em benefício dos seres humanos sem devastação ambiental. Querem e, com certeza terão, um mundo que planeje, sob outros paradigmas que não o do lucro e da mercadoria, a utilização das terras e dos recursos naturais para que as futuras gerações possam, melhor que hoje, viver em harmonia com o meio ambiente e sem os graves problemas sociais.

A grande política exige grandes homens/mulheres, não os diminutos políticos (Não no sentido do porte físico) da atualidade; a grande política exige grandes projetos e uma subjetividade rica (não no sentido material) que permita planejar o futuro plantando as sementes aqui e agora . Por mais otimista que somos, é pouco provável visualizar que “laranjas” possam fazer isso.

Aliás, é nas crises, é nos conflitos que se diferenciam homens de ratos, ou, laranjas de homens.

Gilmar Mauro- Direção Estadual MST/SP

CPI do MST é CPI do ódio de classe

segunda-feira, outubro 26th, 2009
Dr. Rosinha, deputado federal (PT-PR)

Dr. Rosinha, deputado federal (PT-PR)

Deputado Federal, Dr. Rosinha diz que CPI do MST é CPI do ódio de classe

www.nazen.tk   |  de:  www.drrosinha.com.br

A constituição de uma CPI mista para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cogitada a partir do desejo raivoso dos ruralistas e viabilizada graças ao apoio ostensivo da mídia privada, é reflexo da influência que setores conservadores ainda mantêm sobre a sociedade brasileira.

Também é sintoma da fragilidade de parte da base de apoio do governo Lula, formada por alguns parlamentares sem compromisso com o governo que dizem apoiar.

Com uma atuação internacionalmente reconhecida, o MST foi recentemente classificado pelo intelectual norte-americano Noam Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, como “o mais importante movimento de massa do mundo”.

A quem interessa criminalizar o MST? A quem interessa demonizar um movimento social com 25 anos de serviços prestados à justa causa da reforma agrária?

A resposta é simples: aos latifundiários e aos grandes detentores do capital financeiro, nacional e transnacional, que controlam boa parte da agricultura no país.

Os dados do censo agropecuário do IBGE, divulgados há poucas semanas, revelam que menos de 15 mil fazendeiros são donos de mais de 98 milhões de hectares. Em termos percentuais, 1% dos proprietários rurais detém a titularidade de 46% da terra no país.

O que incomoda a bancada ruralista e os setores por ela defendidos no Congresso é o fato de o MST simplesmente existir. E lutar pela distribuição das terras no campo.

Aos olhos dos ricos, os pobres não têm o direito de se organizar, de se manifestar em defesa de seus direitos.

Além de criminalizar o MST, os ruralistas desejam adiar a reforma agrária. Ao se contrapor, por exemplo, à revisão dos índices de produtividade —medida determinada em lei— demonstram todo o caráter reacionário e ilegal de sua posição.

Esses índices determinam se uma fazenda é ou não improdutiva. Criados em 1975, estão defasados. Não levam em conta os avanços tecnológicos da agricultura, o que facilita aos fazendeiros alcançar os indicadores mínimos e evitar desapropriações.

A legislação brasileira determina o seu ajuste “periódico”. Com novos índices, o número de imóveis que não cumprem sua função social disponíveis para a reforma agrária cresceria no país.

Sem discurso diante do sucesso do governo Lula, os três principais partidos de direita hoje no Brasil, DEM, PSDB e PPS, estão desnorteados, à procura de alguma tábua de salvação para se agarrar. Assim como em outros episódios, tentam da fazer da CPI do ódio de classe contra o MST um palanque eletrônico, com vistas à eleição de 2010.

O MST já afirmou que não teme a CPI. O Partido dos Trabalhadores e o governo, também não.

Com um requerimento sem fato determinado, que de tão genérico permite a investigação desde cooperativas em geral até evasão de divisas, passando pelo crime organizado, grilagens de terra e uma infinidade de outros temas, a comissão pode vir a se debruçar, entre outros casos, sobre as contas das entidades patronais do agronegócio.

Sabemos que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), duas entidades patronais, receberam mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos entre 2000 e 2006. E que parte desses recursos foi utilizada ilegalmente pelas federações que representam os interesses dos fazendeiros.

Que tal investigarmos também o cartel internacional das indústrias de suco de laranja, liderado pela Cutrale, que atua em terras públicas griladas no Estado de São Paulo?

Embora tenha sido minimizado pela mídia, é público o fato de que há cerca de uma década o Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária) reivindica na Justiça a posse da fazenda Santo Henrique, ilegalmente ocupada pela Cutrale.

Contra o ódio de classe dos ruralistas e de sua raiva anti-MST, vamos mais uma vez comprovar a legitimidade do movimento e da agricultura familiar, como contraponto ao latifúndio e ao agronegócio.

O IBGE já comprovou que, dos produtos consumidos pelos brasileiros, 70% do feijão, 87% da mandioca, 58% do leite, 46% do milho e 34% do arroz são produzidos pelos pequenos agricultores.

Apesar de as propriedades com menos de dez hectares ocuparem apenas 2,7% da área total dos imóveis rurais, a agricultura familiar gera 74,4% dos empregos no campo.

Toda denúncia deve ser investigada pelos órgãos competentes. Sim à reforma agrária, não à criminalização dos movimentos sociais.

Dr. Rosinha, deputado federal (PT-PR), é coordenador da Frente da Terra,
que defende a reforma agrária no Congresso Nacional.

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Vale ver também as publicações  recomendadas no site do deputado:

http://drrosinha.com.br/publicacoes/

Culpando Israel, Palestinos dizem que tão cedo não haverá diálogo

segunda-feira, outubro 26th, 2009

Blaming Israel, Palestinians say no talks soon

www.nazen.tk |   Culpando Israel, Palestinos que tão cedo não haverá diálogo

Mon Oct 26, 2009 6:42am EDT    |       Reuters     |    By Mohammed Assadi

RAMALLAH, West Bank (Reuters) – Israeli-Palestinian peace talks are unlikely to resume in the near future, Palestinian chief negotiator Saeb Erekat said on Monday, blaming Israel for the impasse and urging Washington to do the same.

“The gap is still wide and Israel does not give a single sign of meeting its obligations under the road map, halting settlement activities and resuming negotiations where they left off,” he told Voice of Palestine radio.

“I do not see any possibility for restarting peace talks in the near future,” he said, in an assessment echoed by Israeli government officials.

The U.S.-backed peace “road map” of 2003, which charts a course to Palestinian statehood, commits Israel to halting settlement activity in the occupied West Bank.

“If President (Barack) Obama’s administration cannot make Israel abide by its commitments, it has to announce that Israel is the party that is obstructing the launching of peace negotiations,” Erekat said, referring the road map agreements.

Resisting U.S. pressure to comply, Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu has ruled out a complete cessation of construction within settlements, saying the needs of growing settler families must be accommodated.

Israel also accuses Palestinians of failing to meet their road map commitments to curb violence and incitement against Israel, notably by Hamas Islamists who control the Gaza Strip.

LAND FOR PEACE

Netanyahu has rejected Palestinian demands to abide by what they said were land-for-peace understandings reached with his predecessor, Ehud Olmert, in a year of negotiations that followed a U.S.-sponsored peace conference in November 2007.

Israeli government officials, speaking on condition of anonymity, said talks with the Palestinians were unlikely in the coming months.

They expressed doubt that Palestinian President Mahmoud Abbas could show flexibility toward Israel before planned Palestinian elections in January, opposed by Hamas. Netanyahu has called on Abbas to resume negotiations immediately without preconditions.

On Thursday, U.S. Secretary of State Hillary Clinton gave Obama a less-than-glowing assessment of Middle East peace efforts.

Her report followed separate meetings in Washington between Obama’s Middle East envoy George Mitchell and Israeli and Palestinian negotiators aimed at narrowing the gap and restarting direct talks suspended since December.

Obama is sending Mitchell back to the region for a fresh attempt at restarting peace talks, and Clinton would consult Arab foreign ministers on the subject in Morocco on November 2 and 3, a U.S. administration official said last week.

Few analysts believe there is a high risk of Palestinian frustration turning into a new uprising of the kind seen in the years of Intifada from 2000. However, clashes between youths and Israeli police around Jerusalem’s al-Aqsa mosque, most recently on Sunday, have aroused concerns about instability.

(Additional reporting by Ali Sawafta in Ramallah; Writing by Jeffrey Hellerin Jerusalem; Editing by Alastair Macdonald and Andrew Dobbie)