Archive for the ‘Agenda’ Category

Syngenta é condenada na Europa por violações de direitos humanos no Brasil

terça-feira, maio 18th, 2010

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Me foi encaminhada pelo companheiro Érico Massoli esta notícia que, para os céticos dos malefeitos das empresas de sementes transgênicas, cai como uma bomba!

No Paraná estamos alertas sobre os riscos da atuação da Syngenta e Monsanto no mercado de sementes. Escravizando o agricultor, taxando a produção, monopolizando o mercado e pior: usando o povo brasileiro de cobaia! Pois os europeus não aceitam alimento transgênicos uma vez que não se sabe os perigos que o consumo destes produtos em medio-longo prazo podem causar.

leia reportagem abaixo.

Syngenta é condenada na Europa por violações de direitos humanos no Brasil


A empresa transnacional suíça Syngenta, produtora de sementes transgênicas, foi denunciada e condenada no IV Tribunal Permanente dos Povos, realizado em Madrid de 13 a 17 de maio deste ano. Esta foi a segunda acusação feita contra a empresa no Tribunal, só que desta vez relacionada a violações de direitos humanos decorrentes da sua atuação com transgênicos, agrotóxicos e domínio de mercado de sementes. A primeira acusação (veja aqui ) esteve relacionada com o assassinato do trabalhador rural Keno no ano de 2007, em um campo experimental da empresa no Paraná.

A Via Campesina e a Terra de Direitos, baseados em estudos técnicos da Secretaria de Abastecimento e Agricultura do Paraná, acusaram a Syngenta de contaminação genética. Perante o tribunal ficou provado que o Milho BT 11 da transacional está contaminando as lavouras de milho não transgênicos no Brasil. O agricultor Valdeci Cella, produtor de sementes crioulas em Anchieta (SC), afirmou que “estamos tentando criar alternativas ao modelo de agricultura imposto pelas transnacionais, em especial pela Syngenta no Brasil. Nossa proposta agroecológica de agricultura está sendo ameaçada pela contaminação genética, por uso indiscriminado de agrotóxicos e por práticas ilegais de mercado da empresa. Nosso modo de vida está ameaçado”.

syngenta-assassina

Durante a acusação também foi demonstrado que a Syngenta, junto com outras empresas do setor, está tentando impor um modelo de agricultura baseada no monocultivo em larga escala, no uso abusivo de agrotóxicos e no patenteamento de sementes. O assessor jurídico da Terra de Direitos, Fernando Prioste, afirmou perante os juízes que “já existem lugares, como no sul do Brasil, em que agricultores já não encontram mais sementes não transgênicas de soja no mercado. As transnacionais compram as pequenas produtoras de sementes e impõem sua semente transgênica como única opção no mercado. Isso faz com que os agricultores tenham que abandonar suas práticas tradicionais de agricultura, para serem submetidos a um modelo de produção em que consumidores e trabalhadores perdem, enquanto a empresa tenha grandes lucros”.


Na sentença proferida, o tribunal avaliou as várias violações de direitos humanos e condenou, moral e politicamente, as ações das empresas transnacionais e dos governos que são cúmplices e, ao mesmo tempo, atores destas violações de direitos humanos. Durante a sentença foram detalhados diversos aspectos da participação da União Européia na forma como as empresas transnacionais atuam em outros países. O documento formulou ainda algumas propostas à União Européia para que esta não mais compactue com violações de direitos humanos.


Leia a sentença em nosso site, acesse: www.terradedireitos.org.br


Empresas transnacionais no banco dos réus

A condenação do Tribunal Permanente dos Povos é ética, moral, popular e política. A iniciativa, do Grupo Enlazando Alternativas, não tem caráter vinculante e impositivo. Contudo, isso não exclui a possibilidade de realizar litígios em tribunais nacionais e internacionais. Nesse sentido, foram discutidas forma viáveis de condenação das empresas nos tribunais nacionais e internacionais.

Juan Hernandes, estudioso do tema, disse que há um grande descompasso na legislação sobre responsabilização de empresas por violações de direitos humanos e as normas que regulam o mercado. Em âmbito nacional e internacional, as normas de mercado (leis de patente, comércio e outras) são duras, têm mecanismos de imposição e garantem os interesses econômicos das empresas. Por outro lado quase não existem leis, sobretudo internacionais, que possam responsabilizar as empresas, as leis são brandas, facultativas às empresas e sem mecanismos de exigibilidade.

Mesmo tendo todas essas dificuldades, em alguns casos é possível judicializar casos, em âmbito internacional ou nacional, contra as transnacionais. Esse é o tema da publicação feita pela Terra de Direitos, intitulada “Empresas Transnacionais no Banco dos Réus: Violações de Direitos Humanos e Possibilidades de Reparação”.


O trabalho tem como objetivo expor as principais questões do tema e servir de ferramenta básica para que movimentos sociais e advogados possam analisar as possibilidades de fazer litígios contra empresas transnacionais. Em linguagem acessível e com sistematização de conteúdos, o trabalho aborda questões conceituais, preparatórias dos litígios, além de examinar alguns instrumentos e mecanismos como o ATCA dos EUA, mecanismos na ONU e OIT.


Leia o trabalho na íntegra, clicando aqui.

COPEL corre risco de privatização

domingo, abril 4th, 2010

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COPEL corre risco de privatização

02 de Abril de 2010

Companhia Paranaense de Energia Elétrica

No Paraná durante o Governo Lerner (1994-2002) ações da Companhia Paranaense de Energia – COPEL – pertencentes ao Estado do Paraná, serviram como garantia dm empréstimo realizado junto a União com o objetivo de ‘sanear‘ (tsc) as contas do Banco do Estado do Paraná – Banestado – para então vendê-lo em leilão. Posteriormente os ativos foram vendidos ao banco Itaú.

Durante o governo Requião, tal dívida não foi paga e, agora, a COPEL pode ir parar nas mãos do Itaú. O tema preocupa Orlando Pessuti, que em seu primeiro dia como Governador do Paraná, procurou o senador Osmar Dias para buscar saídas para o assunto.

texto publicado por Celso Nascimento na Gazeta do Povo

Orlando Pessuti recebeu o cargo de governador no fim da tarde de quinta-feira, 01 de Abril de 2010. O dia seguinte, feriado de Sexta-Feira Santa, já foi de trabalho: logo de manhã chamou à sua casa o senador Osmar Dias para uma longa conversa, que de política sucessória, embora ambos sejam candidatos, não teve quase nada – ou teve muito, não se sabe.

O tema que dominou o encontro, que durou das 9h às 11h30 com direito a apenas um cafezinho, foi administrativo e não político. Ambos combinaram uma ação conjunta para dar solução rápida, final e definitiva a um problema sobre o qual o ex-governador Roberto Requião discursou muito durante sete anos e fez quase nada, deixando para seu sucessor, em tamanho maior, a herança que recebeu do governo Jaime Lerner.

Trata-se do polêmico caso dos títulos públicos de estados e municípios que o Paraná adquiriu durante o processo de saneamento do Banestado e que, com a privatização do banco, ficaram com o comprador, o banco Itaú.

O Itaú cobra a quitação dos títulos, mas nada em mar de tranquilidade, pois, se o Paraná não pagar, pode fazer valer o que reza o contrato. E o contrato reza que, neste caso, ações da Copel, dadas em garantia, serão transferidas para o banco, que assume o controle da companhia estatal de energia. Isto é, a Copel corre o risco de ser privatizada!

A tragédia não termina aí. Puxemos a história: tudo começou em 1998 quando uma resolução do Senado permitiu ao governo paranaense que contraísse empréstimo de R$ 5,5 bilhões com o Tesouro da União para sanear o Banestado e colocá-lo à venda. Desde então, o governo paranaense já pagou R$ 7,5 bilhões mas ainda deve R$ 9,1 bilhões até 2029. Por que a dívida cresceu tanto? Porque Requião se negou a pagá-la e, ao assim proceder, o índice de correção mudou do IGP-DI para a taxa Selic, conforme rezam as normas.

Com isso, os repasses constitucionais do governo federal para o estado passaram a sofrer descontos maiores. Todos os meses, a União retém R$ 62 milhões do dinheiro que pertence ao Paraná. E ainda cobra R$ 6 milhões mensais de multa pela inadimplência. Total: R$ 68 milhões todos os meses – o equivalente, mais ou menos, a 3 mil casas populares.

Toda essa história serve para dizer duas coisas. A primeira: que a não solução do problema inviabiliza o bom desempenho de governos futuros. A segunda: que Orlando Pessuti, ao convidar Osmar Dias para conversar sobre o assunto, dá a primeira demonstração de que pretende fazer um governo em estilo bem diferente do de seu antecessor. Que prefere o diálogo com correntes variadas da política (inclusive com adversários) para alcançar resultados práticos.

É de Osmar Dias um projeto que anula a resolução do Senado de 1998 que gerou a pendenga toda. Esse projeto encontra-se na Comissão de Constituição de Justiça do Senado desde o ano passado. Se aprovado – e para isto basta o presidente Lula querer – o Paraná se livra da dívida. Requião berrou bastante na “escolinha” – mas não moveu palhas suficientes para que o projeto fosse aprovado.

Pessuti não quer agir assim; quer ajudar na aprovação. Por isso, chamou Osmar para conversar e para dar início à ação conjunta. Politicamente, isto pode significar, por exemplo, que os dois poderão agir juntos também no segundo turno das próximas eleições.

Lula: O Brasil no Oriente Médio

sábado, março 13th, 2010

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O Brasil hoje é chamado a atuar internacionalmente

Para compreender a importância da agenda internacional do Brasil e a ação de nossa política externa no conflito entre Israel e Palestina, trago aqui três reportagens sobre a viagem do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio.

A viagem marca a presença da política externa  brasileira no conflito de maior destaque mundial. O Brasil com Lula empenha-se para imprimir uma agenda de diálogo e negociação justa no mundo. Para isso atua em diversas frentes no intuito de colocar ‘na mesma mesa‘ Israel e a Palestina (ou o mundo Islâmico). Para isso o presidente brasileiro usa do comércio, política e até mesmo do esporte.

O Brasil amplia sua presença comercial e cultural na comunidade  internacional enquanto na política trabalha para garantir assento fixo no Conselho de Segurança da ONU.

As reportagens a seguir foram extraídas da agência francesa EFE, da inglesa BBC e da Al-Jazeera, do Qatar.

Lula defenderá criação de Estado palestino em visita a Israel, diz porta-voz

da Efe, em Brasília | 11/03/2010 – 20h24

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmará na próxima segunda-feira (15), durante viagem a Israel, sua posição a favor do diálogo com o Irã e da criação de um Estado palestino, informou nesta quinta-feira seu porta-voz, Marcelo Baumbach.

Lula chegará no domingo à noite a Jerusalém, primeira escala de uma viagem que também inclui visita aos territórios palestinos e à Jordânia. Ele deve oferecer novamente a ajuda do Brasil nos esforços por diálogo de paz no Oriente Médio.

O porta-voz declarou que a viagem de Lula coroará “o processo de aproximação com o Oriente Médio” iniciado pelo Brasil há mais de cinco anos com o objetivo de se transformar em “um agente” nas negociações para a pacificação da região.

Segundo Baumbach, Lula também expressará as críticas do Brasil à intenção de Israel de expandir seus assentamentos em Jerusalém Oriental, anunciada nesta quarta-feira e imediatamente condenada pela comunidade internacional.

Na segunda-feira, em Jerusalém, Lula se encontrará com o presidente israelense, Shimon Peres, receberá políticos da oposição e personalidades da sociedade civil.

Ele também deverá participar de uma sessão especial do Parlamento e se reunir com o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.

Na terça-feira, Lula visitará o Museu do Holocausto, plantará uma árvore no Bosque de Jerusalém e conhecerá a Universidade Hebraica, para depois seguir rumo a Belém, onde será recebido pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Abbas anunciou que desistiu de iniciar negociações indiretas com Israel, depois do anúncio israelense da construção de mais 1.600 casas em Ramat Shlomo, bairro de colonização habitado por judeus ultraortodoxos na área oriental de Jerusalém, que tem população majoritária de árabes e foi anexado por Israel em 1967.

No dia seguinte, o presidente irá a Ramala, onde conhecerá uma escola que funciona com cooperação do Brasil, e colocará uma oferenda de flores no mausoléu de Yasser Arafat, em companhia de Abbas.

Em suas reuniões com o presidente da ANP, Lula aproveitará para discutir os preparativos para a primeira Conferência Econômica da Diáspora Palestina, que será realizada no Brasil em julho deste ano.

Jordânia

De Ramala, Lula viajará para Amã, onde na própria quarta-feira será recebido pelo rei da Jordânia, Abdullah 2º, a quem considera um “interlocutor privilegiado” no conflito do Oriente Médio, disse Baumbach.

Na quinta-feira, antes de retornar ao Brasil, Lula se reunirá com o primeiro-ministro jordaniano, Samir Rifai, e assistirá ao encerramento de um encontro de empresários de ambos os países.

O porta-voz explicou que Lula também tinha a intenção de fazer uma visita à cidade histórica de Petra, mas cancelou os planos por questões de agenda e segurança.

Fonte:  EFE \ Folha

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Lula urges Israel settlement freeze

By Gabriel Elizondo in  on November 16th, 2009 | Al-Jazeera

Abbas e Lula

Palestine Leader, Abbas and brazilian president Lula da Silva

Abbas, left, urged Silva, right, to play a greater role in Israeli-Palestinian peace efforts [REUTERS]

Brazil’s president has called for an immediate end to Israeli settlement construction on Palestinian territory, following a meeting with his visiting Palestinian counterpart.

Luiz Inacio Lula da Silva made the comment on Friday in the north eastern city of Salvador after talks with Mahmoud Abbas, who is in Brazil on his first stop of a tour through Latin America.

“The expansion of West Bank settlements must be frozen,” Lula said.

“The borders of the future Palestinian state should be preserved, and freedom of movement needs to be guaranteed in the occupied territories.”

Stalled peace efforts

Israel approved the construction of 900 housing units in occupied East Jerusalem earlier this week, calling it part of a “routine building programme”.

The Palestinians say the settlement issue is central to efforts to restart stalled peace talks, and it has demanded that all construction is halted before they resume talks.

The Brazilian president pledged on Friday to help Abbas re-launch the stalled talks, saying the peace process would “benefit from the contribution of countries other than those traditionally involved” in negotiation efforts.

“From the smallest country in the world to the world’s largest country, among their priorities should be peace negotiations in the Middle East,” he said.

Abbas said he appreciated Brazil’s efforts to get involved in the process, but urged Lula to play a greater role in international peace efforts.

“With respect to you, President Lula, we would like you to have a role, and you’re ready for it,” Abbas said.

“We want you to play a role, which you have welcomed, and we welcome you playing a role like this, because we need you and your support and help.”

Abbas is also scheduled to travel to Argentina and Chile during his tour of the region.

Brazil as Middle East peace broker?

By Gabriel Elizondo in  on November 16th, 2009 | Al-Jazeera

Photo by Reuters

There are some interesting diplomatic dynamics from Brazil in relation to the Middle East, the Israeli-Palestinian conflict, and relations between Iran and the United States.

Consider these travel schedules:

ISRAEL: President Shimon Peres visited Brazil last week – Nov. 10 through 15 – making stops in Brasilia, Sao Paulo and Rio de Janeiro. Peres’ visit marked the first time an Israeli head of state visited Brazil since Zalman Shazar did so in July 1966. (The visit barely registered on international radar screens, or in Brazil for that matter, as on Peres’ first night in Brazil the country saw a nationwide power outage that cut electricity to nearly 90 million people.)

Nevertheless, Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva met with Peres in Brasila. Afterwards the foreign ministry sent out a press release trumpeting the fact both countries signed a cinematography co-production agreement.

Not exactly the stuff of dramatic ‘war versus peace’ diplomacy. But Peres and Lula likely talked about a lot more than Hollywood or Bollywood. They presumably spoke about Brazil’s potential role in peace in the Middle East.

“I understand (President Lula) introduced a program called ‘Lights for All.’…Therefore, Mr. President, come and turn on the lights in the Middle East.” – Israel’s President Shimon Peres addressing  his Brazilian counterpart, Luiz Inacio Lula da Silva, during a joint press conference in Brazil.

PALESTINIAN AUTHORITY: Palestinian President Mahmoud Abbas is coming to Brazil to meet with Lula in the Brazilian city of Salvador this Friday (Nov 20).

And two days later…

IRAN: Iran’s President Mahmoud Ahmadinejad lands in Brazil for meetings with Lula on 23 of November.

This means that in the span of 13 days Peres, Abbas, and Ahmadinejad will have all come to Brazil to meet with Lula.

Let me say that again: Peres. Abbas. Ahmadinejad. All coming to Brazil in the span of about 2 weeks to meet with Lula. It strikes me as incredible on so many levels. So let’s take a closer look at what’s going on here.

Brazil as intermediary? The headline in Sunday’s O Estado de S. Paulo newspaper read “Brazil intends to intermediate dialogue between Tehran and Washington.” That might say it all.

Brazil appears to possibly want to actively offer itself up as a diplomatic intermediary, triangulating between Israel, the Palestinians and Iran. That is a big job, usually reserved for the heavyweights of the diplomatic world. And Tel Aviv, Tehran and Ramallah might as well be on another planet when it comes to Brazil’s traditional sphere of diplomatic influence. Maybe not anymore.

Something in the works? Nobody is pretending the recent talks were, or plan to be, particularly substantive (nothing against the fine folks who probably worked very hard to put together that cinematography co-production agreement). Nobody is suggesting there was or will be any immediate, official, and binding mediation going on here between anybody.

But my hunch is that all parties involved are looking each other up and down to assess if Brazil can be trusted as a possible go-between on issues big or small. And perhaps, maybe, Lula will use all these meetings as an opportunity to answer the question if he wants to get himself deeply involved.

The Obama factor? There is strong speculation in Brazil that Obama’s first trip to South America as president will be to Brazil. And there is little doubt Obama looks to Brazil as the rising power that it rightfully has become.

The U.S. president has nominated the State Department’s top Latin America diplomat, Thomas Shannon, to become the American ambassador to Brazil. It was a move that reportedly thrilled Lula and the Brazilian diplomatic corp as a sign that Brazil was #1 on Obama’s South America agenda. And between Obama and Lula, there seems to be strong personal and genuine admiration between the two men.

So when Peres, Abbas and Ahmadinejad talk to Lula, they know they are speaking to a man who can call the White House and probably have the President pick up the phone in a hurry.

What’s it all mean? There are a lot of diplomatic undercurrents swirling right below the surface. Given all the above, you can connect the dots anyway you wish and come up with your own conclusions. But Brazil is, at minimum, expanding the sphere of countries it engages diplomatically, and maybe even going much, much further and jumping into a whole new realm of diplomacy as the Switzerland of South America.

Easy for Brazil when it comes to places like Honduras. But when it comes to the Middle East and U.S.-Iran relations, well, this isn’t Tegucigalpa folks. Is this the right strategy for Brazil and could it work? Or is it a futile effort from a country like Brazil – entering the heavyweight fighting class of Middle East diplomacy and now punching above its weight class?

Fonte: Al-Jazeera

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Palestinos elogiam decisão de Lula de pernoitar em Belém

O Muro de Belém

Para palestinos, em Belém Lula poderá ver muro que os separa de Israel

Palestinos ouvidos pela BBC Brasil nesta quarta-feira elogiaram a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de passar uma noite na cidade de Belém, na Cisjordânia, durante sua visita ao Oriente Médio, prevista para ter inicio no dia 14 deste mês.

A decisão do presidente brasileiro de não seguir o protocolo habitual de chefes de Estado, que quando visitam o Oriente Médio costumam pernoitar em hotéis em Jerusalém e visitam os territórios palestinos por apenas algumas horas, é vista pelos palestinos como um “gesto de solidariedade”.

De acordo com o deputado Faez Saqqa, ex-representante da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) na América Latina e um dos líderes do partido Fatah, a liderança palestina quer mostrar a Lula a vida “sob a ocupação israelense”.

“Em Belém, Lula poderá ver de perto o muro que Israel construiu na Cisjordânia, que divide a cidade em duas partes. Ele também poderá observar, da janela do hotel onde ficará hospedado, os campos de refugiados palestinos e os assentamentos israelenses”, disse Saqqa, que participa da organização da agenda da visita.

Divisão simétrica

O fato de Lula ter optado por passar um dia e meio em Israel e um dia e meio na Cisjordânia está sendo interpretado pelos palestinos como um sinal de que o Brasil poderia vir a ser um “mediador honesto” na resolução do conflito.

Já do ponto de vista de Israel, a visita de Lula será “um pouco curta”.

“Visitas de chefes de Estado do nível do presidente Lula geralmente têm a duração de três dias”, disse à BBC Brasil a embaixadora Dorit Shavit, diretora do departamento de América Latina do ministério das Relações Exteriores de Israel.

“A decisão do presidente Lula de pernoitar em Belém não nos surpreende, pois em seu discurso ele sempre cria a simetria”, acrescentou a embaixadora israelense.

Shavit disse ainda que o país “está muito contente com a perspectiva da visita, pois está ciente da importância do Brasil e tem interesse de estreitar as relações entre os dois países”.

Segundo as autoridades israelenses, os compromissos do presidente brasileiro durante o dia e meio que ele vai passar em Israel ainda não estão totalmente definidos e, em vista do tempo curto da visita, provavelmente alguns dos planos originais terão que ser cancelados.

Ocupação

Do lado palestino, a agenda de Lula parece já estar acertada.

Em vez de se reunir com o presidente brasileiro em Ramallah, onde fica a sede da Autoridade Palestina, como é feito habitualmente, o presidente palestino Mahmoud Abbas decidiu que as reuniões politicas serão realizadas na cidade de Belém.

Segundo o deputado Faez Saqqa, a razão da decisão é mostrar ao presidente Lula “como é a vida dos palestinos sob a ocupação israelense”.

Saqqa também disse que o povo palestino “aprecia altamente o papel do presidente Lula e sua visão sobre o conflito no Oriente Médio”.

“A decisão do presidente Lula de pernoitar em Belém é um sinal de sua solidariedade evidente com a causa palestina”, acrescentou.

Integrantes do departamento de negociações da OLP, que pediram para não ter seus nomes identificados, também afirmaram ver como positiva a presença de Lula em Belém.

“O próprio fato de que o presidente brasileiro irá pernoitar em uma cidade palestina passa uma mensagem muito forte para o mundo, de que apesar de todas as nossas dificuldades decorrentes da ocupação israelense somos capazes de receber uma visita desse nível”, disse um integrante do departamento à BBC Brasil.

O funcionário também disse esperar que a visita de Lula a Belém incentive turistas estrangeiros a visitar a cidade, “pois demonstrará que Belém é um lugar seguro”.

Fonte: BBC Brasil

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PT deve dizer “não” a PMDB, afirma Singer

segunda-feira, fevereiro 22nd, 2010
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André Singer, ex-porta voz da Presidência da República do Brasil, em breve entrevista ao jornal  Folha de São Paulo critica o pragmatismo da política de alianças do Partido dos Trabalhadores para as eleições de 2010 e defende alianças baseadas em proximidade ideológica e programática para emplacar a continuidade do projeto petista para o Brasil.
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PT deve dizer “não” a PMDB, afirma Singer

21/02/2010 – 08h04  |  De: Ana Flor, da Folha de S.Paulo

Num momento em que a simples menção ao PMDB no documento petista sobre políticas de alianças provocou intenso debate no congresso do partido que terminou ontem –e que resolveu não citar a sigla como principal aliada na campanha–, o cientista político André Singer vai além: defende que o PT tenha coragem de dizer “não” ao PMDB.


Singer, que foi secretário de Imprensa e porta-voz da Presidência no primeiro mandato de Lula, afirma que o “baixo teor programático do PMDB é danoso para o sistema partidário brasileiro” e que o PT ganharia mais se desse preferência a uma aliança com o PSB.
FOLHA – O PT ainda é um partido de massas e de trabalhadores?
ANDRÉ SINGER – Continua sendo, mas já com as mudanças que eram previsíveis, de acordo com a trajetória dos grandes partidos socialistas das democracias ocidentais. O PT teve uma trajetória de sucesso eleitoral relativamente rápida. Isso faz com que o peso no partido dos que têm mandato comece a crescer. Essa trajetória faz com que o grau de participação, a chamada militância, vá diminuindo ao longo do tempo. Não é mais a militância da primeira década.
FOLHA – O que fez a influência de Lula crescer tanto no partido?
SINGER – O principal fator é o que eu tenho chamado de lulismo. É um fenômeno novo. Não é o resultado, ao meu ver, de um realinhamento eleitoral. A base social que elegeu Lula em 2006 é diferente da que o elegeu em 2002. Essa nova base social são os eleitores de baixíssima renda, foram o resultado de políticas de governo do primeiro mandato. Esse primeiro mandato significou uma mudança tão importante na estrutura eleitoral do país que deu ao presidente uma base que é relativamente autônoma do partido.
FOLHA – É uma base diferente daquela que sustenta o PT?
SINGER – O PT tem uma base eleitoral ampla, mas é uma base historicamente de classe média. O lulismo trouxe essa novidade de estar ancorado nessa base de baixo. Isso faz com que a adesão seja mais a uma figura que tem grande visibilidade do que a uma instituição, a um partido. Eu acho que é possível que haja uma convergência entre essa base social e o PT.
FOLHA – Se essa adesão ao projeto se confirmar, garantiria, então, a eleição da escolhida do presidente?
SINGER – É a minha percepção. É mais uma adesão de projeto do que carismática.
FOLHA – Quais os efeitos, para o PT, de uma aliança com o PMDB?
SINGER – O PMDB tem se caracterizado por ser um partido de baixo teor programático, o que é danoso para o sistema partidário brasileiro. Faz com que a política fique parecendo algo que diz respeito aos interesses dos políticos.
FOLHA – Então é ruim para o PT?
SINGER – A opção preferencial pelo PMDB fortalece esse aspecto negativo. Ela é compreensível do ponto de vista pragmático. Na minha opinião, o PT deveria arcar com um certo risco de procurar primeiro os partidos que estão mais próximos a ele no campo de esquerda e de centro-esquerda. No caso, o PSB, que tem como pré-candidato Ciro Gomes. O PSB ainda é um partido ideologicamente mais próximo do PT. Eu também poderia me referir ao PDT, ao PC do B. O PT deveria retomar uma prática de que suas alianças fossem orientadas pelo programa.
FOLHA – O PT decidiu não correr o risco por ter uma candidata eleitoralmente fraca?
SINGER – Eu acho que o problema é de outra natureza. Acho que o pragmatismo é uma força extraordinária em partidos eleitorais. Todo partido tende a ser fortemente pragmático.
FOLHA – Mas se o candidato fosse alguém mais conhecido do eleitor, seria diferente?
SINGER – Eu não sei. Uma vez estabelecidos os critérios pragmáticos, como o tempo na TV e essa relativa capilaridade eleitoral [do PMDB], sempre será um elemento fortemente levado em consideração. O que está em jogo é pragmatismo versus opção programática.
FOLHA – O fato de Lula ter escolhido a candidata enfraquece o PT?
SINGER – Essa é uma condição que está relacionada com a grande influência de uma liderança carismática, que tem os votos. Sem dúvida, ela significa que o partido é fortemente influenciado por essa liderança.
FOLHA – O lulismo pode engolir o PT?
SINGER – A questão se vai haver essa convergência ou não vai depender de em que medida esses eleitores que a meu ver aderiram ao lulismo irão pouco a pouco votar no PT. Nas eleições de 2006 os estudos mostram que isso não aconteceu. A base social do PT continua sendo a base social tradicional, mais forte no Sudeste e no Sul do que no interior do Norte e Nordeste. Dá para ver essa diferença entre lulismo e petismo.

O Sionismo e a América Latina

terça-feira, janeiro 19th, 2010

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O Sionismo e a América Latina

De: Centro de Midia Independente

Sionismo e Terrorismo andam juntos

Sionismo e Terrorismo andam juntos

O Estado de Israel está buscando transformar a America Latina em plataforma para suas políticas de intervenção e limpeza étnica.

Além de assessoria militar a regimes golpistas e ditatoriais, o sionismo vem arregimentando a mídia da região. A recente visita do presidente da República Islãmica do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, foi uma prova disso. A chamada “grande imprensa” brasileira, praticamente uníssona criticou a visita e parlamentares de direita inclusive fizeram questão de tirar uma casquinha na onda da mídia.

Parecem ter seguido um script escrito por Tel Aviv. E, como dizia o célebre e saudoso jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”.

Nesta esclarecedora entrevista com Sergio Yahni, diretor do Centro de Informação Alternativa de Jerusalém, desvendamos a ação insidiosa dos agentes do sionismo no continente. E o perigo que ela representa para a soberania das nações latino-americanas, para o direito dos povos e as liberdades democráticas. A entrevista foi feita por Catherine Hernandez, William Urbina e Bashir Ahmed, da Rádio Guiniguada.

PerguntaO golpe em Honduras e a instalação de sete novas bases militares norteamericanas na Colômbia evidenciam uma escalada de agressões contra os processos de libertação que estão ocorrendo na América Latina. Como você interpreta essa situação?

Sergio Yahni: O Centro de Informação Alternativa, que é uma organização palestino israelense, se solidariza com os povos da América Latina em sua luta, e também vemos em sua evolução social e política um lugar de esperança não só para a América Latina, mas também para nós, já que o conflito na América Latina contra o Império e o conflito que está ocorrendo no Oriente Médio estão estruturalmente relacionados.

Não se trata apenas de métodos violentos, mas também de métodos que já haviam sido experimentados aqui no Oriente Médio pela ocupação. Então por isso eu digo que nós estamos falando de uma relação estrutural, tanto pela opressão imperialista militar, quanto pela resistência, não é uma mera relação causal.

O que acontece é que a ocupação da Palestina e os conflitos causados pelas forças armadas de Israel tornaram-se um laboratório para experiências em tecnologias militares e táticas que mais tarde também se implementam na América Latina, por exemplo, as mesmas tecnologias de armas sem pessoas, aviões sem pessoas, tanques sem pessoas, e assim por diante, que o Império começa a utilizar na América Latina e são utilizados e experimentados aqui no Oriente Médio, especialmente na Faixa de Gaza contra o povo palestino; esse é um elemento.

O outro elemento é que o exército de Israel e as empresas privadas criadas por generais e coronéis israelenses já intervêm diretamente na América Latina auxiliando a repressão, tanto como instrutores (dando treinamento militar) ou mesmo atuando diretamente.

P: Pelo menos há dois anos sabe-se que os líderes sionistas exportam seu modelo macabro para a Colômbia (Plano Colômbia), mas agora esta presença é descoberta e essa informação é tratada com mais força por causa do que está ocorrendo em Honduras. Que visão vocês têm sobre esse assunto?

SY: Já vimos claramente essa relação na operação que assassinou Raúl Reyes. Vimos que era uma tática clássica do exército israelense a operação militar na Colômbia que assassinou Reyes e, em seguida, toda a propaganda do famoso computador de Reyes. Foram táticas utilizadas aqui anteriormente, e vinham com a assinatura do exército israelense.

Aparentemente, os assassinos de Reyes foram treinados por oficiais israelenses que não foram responsáveis pela operação em si, e também é claro o contato direto do comerciante de armas do exército de Israel, tanto com os paramilitares na Colômbia, como com o governo da Colômbia, não poderia se nomeado: o coronel Yair Klein, que já é um histórico vendedor de armas, principalmente para os paramilitares na Colômbia.

O grande assunto no momento é a situação de Honduras, onde há uma antiga intervenção israelense na América Central, com a presença de oficiais israelenses ativos ou aposentados, que vem da época da revolução nicaragüense, onde havia um coronel israelense, juntamente com Somoza.

Sabemos agora das armas israelenses em Honduras, sabemos que Israel está treinando o exército hondurenho, mas também devemos ter em mente que estamos falando de questões secretas, que nenhum jornal publicou, e por isso sequer estamos tendo o princípio da informação.

P: Que informações vocês têm sobre o papel que jogam estas “empresas de segurança” israelenses com os EUA e a estratégia do governo de Israel?

SY: Existem diferentes níveis que haveríamos de analisar. O primeiro é de nos perguntarmos porque é uma empresa privada, e não diretamente o Estado, e isso tem muito a ver com uma política de ideologia neoliberal, que envolve a privatização de tudo. Temos visto que os bens sociais foram privatizados na América Latina e em todo o mundo, e o último bem social que privatizaram, e isso é latente na guerra do Iraque, são os exércitos.

Estamos em um processo no qual, para o capitalismo e o imperialismo, sai mais barato empregar forças de segurança privadas, do que um exército nacional. Por isso Israel, que está na vanguarda do neoliberalismo, adotou a tática de privatizar a
exportação de tecnologias militares.

Voltando ao caso da Colômbia, que é onde temos mais informações, sabemos que a empresa privada que treinou o exército colombiano para matar Reyes recebeu 10 milhões de dólares para essa operação, e eu estou falando sobre o material que já foi publicado em Israel.

Inicialmente, a Colômbia tinha vindo ao serviço secreto de Israel, o Mossad, para pedir ajuda, e lhes deram o contato com empresas privadas, de pessoas que também fazem esses serviços para o Mossad. Este é o primeiro elemento que devemos levar em conta, estamos falando de um sistema complexo onde a ideologia neoliberal está intervindo.

O segundo elemento é que Israel historicamente – e quando eu digo que historicamente poderíamos voltar para os anos 60, e especialmente para os 70 – é um fornecedor de trabalhos sujos para os EUA. Por razões políticas e outras, há coisas que os EUA não podem fazer, e é aí que começa o papel de Israel, subempreiteiro, e vimos isso em tudo o que conhecemos como América Latina, África e Ásia, onde o Estado de Israel, como um Estado em primeiro lugar, e mais tarde como empresas privadas, tem feito o trabalho sujo.

Quando Somoza era indefensável estavam lá os israelenses para defendê-lo. Em casos como quando havia que dar apoio militar a grupos paramilitares na Colômbia, ali estavam as empresas israelenses para vender armas, pois era algo que os EUA por suas próprias razões e interesses não podiam fazer. Israel aparece como um sub-contratante que trabalha para os EUA.

Agora, temos que levar em conta que devemos olhar as coisas de uma perspectiva de resistência. Perceber que existem contradições e depois ver como podemos usar essas contradições. Porque se Israel é uma empresa subcontratada, dependente dos trabalhos que lhe incubem os EUA, ela também tem seus próprios interesses, e que em muitos casos, vemos que Israel tenta vender armas e treinamento além dos limites que os EUA já tinham delimitado.

Por isso temos que usar duas coisas a partir da perspectiva da resistência:

1) Utilizar essa contradição;

2) No caso de Israel, que está fazendo o trabalho sujo, é muito importante continuar as campanhas de boicote, em especial com a questão da venda de armas israelenses na América Latina. Porque, por exemplo, é inadmissível que estas empresas de segurança, que estão matando pessoas na América Central, ou fazem parte do paramilitarismo na Colômbia, recebam contratos nacionais com o Brasil ou a Argentina. Por isso devemos começar a mobilizar as pessoas para expulsar as forças de segurança de Israel.

P: Em relação à Venezuela, é pautada por Dani Ayalón (ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel) uma base iraniana na América Latina. Qual é a visão que você tem da Venezuela a partir da perspectiva da resistência?

SY: O Estado de Israel vê a Venezuela como parte do eixo do mal, simplesmente. Israel tem seu interesse concreto no Oriente Médio, e está em desacordo com o Irã, porque o Irã tornou-se uma base de resistência ao imperialismo na região, que não é um estado pequeno, é um Estado com capacidade militar para opor-se ao que Israel faz; poderia pôr em perigo a Israel, e é por isso que Israel está tentando isolar o Irã, mas a
Venezuela rompe o isolamento do Irã e assim se torna um inimigo das políticas de Israel, porque a Venezuela não é apenas a Venezuela: é a Alba, são as relações com a América Latina, e também com o Brasil; e o Brasil mantém relações com o Irã, e isso quebra a estratégia de Israel de isolar o Irã.

veja também:

– O Sionismo e o Brasil: parceiros?
Fotos do infanticídio cometido pelos invasores sionistas


Como VEJA está depredando o jornalismo

quinta-feira, janeiro 14th, 2010

www.nazen.tk

Como VEJA está depredando o jornalismo

Marabá, 12 de janeiro de 2010 |

veja que mentira

veja que mentira

Nota do MST-PA sobre reportagem publicada na revista Veja da primeira semana do ano de 2010.

1- O MST do Pará esclarece que não tem nenhuma fazenda ocupada no município de Tailândia, como afirma a reportagem da Revista Veja “Predadores da floresta” nesta semana. Não temos nenhuma relação com as atividades nessa área. A Veja continua usando seus tradicionais métodos de mentir e repetir mentiras contra os movimentos sociais para desmoralizá-los, como lhes ensinou seu mestre Joseph Goebbels. A reportagem optou por atacar mais uma vez o MST e abriu mão de informar que o nosso movimento não tem base social nesse município, dando mais um exemplo de falta de respeito aos seus leitores.

2- A área mencionada pela reportagem está em uma das regiões onde mais se desmata no Pará, com um índice elevado de destruição de floresta por causa da expansão do latifúndio e de madeireiras. Em 2007, a região de Tailândia sofreu uma intervenção da Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal, e latifundiários e donos de serrarias foram multados pelo desmatamento. Os madeireiros e as empresas guseiras estimulam o desmatamento para produzir o carvão vegetal para as siderúrgicas, que exportam a sua produção. Por que a Veja não denuncia essas empresas?

3- Na nossa proposta e prática de Reforma Agrária e de organização das famílias assentadas, defendemos a recuperação das áreas degradas e a suspensão dos projetos de colonização na Amazônia. Defendemos o “Desmatamento Zero” e a desapropriação de latifúndios desmatados para transformá-los em áreas de produção de alimentos para as populações das cidades próximas. Também defendemos a proibição da venda de áreas na Amazônia para bancos e empresas transnacionais, que ameaçam a floresta com a sua expansão predatória (como fazem o Banco Opportunity, a Cargill e a Alcoa, entre outras empresas).

4- A Veja tem a única missão de atacar sistematicamente o MST e a organização dos camponeses da Amazônia, para esconder e defender os privilégios dos verdadeiros saqueadores das riquezas naturais. Os que desmatam as florestas para o plantio de soja, eucalipto e para a pecuária extensiva no Pará não são os sem-terra. Esse tipo de exploração é uma necessidade do modelo econômico agroexportador implementado no Estado, a partir da espoliação e apropriação dos recursos naturais, baseado no latifúndio, nas madeireiras, no projeto de exportação mineral e no agronegócio.

5-Por último, gostaríamos de comunicar à sociedade brasileira que estamos construindo o primeiro assentamento Agroflorestal, com 120 famílias nos municípios de Pacajá, Breu Branco e Tucuruí, no sudeste do Estado, em uma área de 5200 hectares de floresta. Nessa área, extraímos de forma auto-sustentável e garantimos renda da floresta para os trabalhadores rurais, que estão organizados de maneira a conservar a floresta e o desenvolvimento do assentamento.

DIREÇÃO ESTADUAL DO MST DO PARÁ

Marabá, 12 de janeiro de 2010

Squat parties: em Londres, em Curitiba

terça-feira, dezembro 8th, 2009

Squat parties: em Londres, em Curitiba

www.technocwb.tk  |  07 de Dezembro de 2009

Termo que se tornou comum na Inglaterra, “squat party” refere-se a festas realizadas em espaços abandonados da cidade. Geralmente divulgadas apenas no boca-a-boca e com mençoes em panfletos, as festas podem ser encontradas também na internet, tudo para despistar possiveis presenças ‘indesejáveis’. Com as squats locais antes sem nenhum fim mostraram-se centros sociais e culturais interessantes.

Em Londres a maioria das ‘squats’ acontece em áreas industriais, como East London, onde galpões oferecem o cenário ideal para as festas além de chamar menos atenção da vizinhança. Na Inglaterra as leis quanto a esse tipo de manifestação cultural em locais públicos ou abandonados é menos repressiva, e há muitos ‘squatters’, sem-teto que se abrigam nestes locais.

"Caminhão estacionado em frente a entrada de squat party, debaixo dos trilhos do trem" em Vauxhall, Londres"

"Caminhão estacionado em frente a entrada de squat party, debaixo dos trilhos do trem" em Vauxhall, Londres"

Já em Curitiba, é possível encontrar, mesmo que de maneiras isoladas, manifestações como as squat em Curitiba. Olhando para as squats, nesse sábado o ‘Coletivo Acid Eaters Techno Por Diversão’ promove sua décima quinta edição onde busca-se recriar essa atmosfera, porém de maneira legal até porque sabe-se como é a ação da polícia quando há ocupação de espaços ociosos na cidade, com muita violencia.

Segundo o coletivo, a festa terá a atmosfera das squats. No centro da cidade, num local inusitado, diferente e que você nunca saiu pra curtir antes. “Se algumas festas em clubs são underground, então sábado vamos ter o under-underground!” brinca Nazen, um dos organizadores. O line up da ACID XMAS terá 6 djs, são eles: Singular, Gromma, Loo Massami, Rafael Araujo, Fabio Vieira aka Binho e Rafinha Rossi

Informações da festa somente no site www.technocwb.tk e claro, no boca-a-boca.


Serviço:


evento:   ACID XMAS – a hell of a party

djs:       Singular, Gromma, Loo Massami, Rafael Araujo, Fabio Vieira aka Binho e Rafinha Rossi

info: www.technocwb.tk 88020304

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