Um ano após ‘crise financeira’, bancos estabelecem recorde de lucros nos estados unidos

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Um ano após ‘crise financeira’, bancos estabelecem recorde de lucros nos estados unidos

16 de Janeiro de 2010  |  de New York Times e France Presse, em Nova York

A Instituição financeira JPMorgan Chase 23 anos após sua fundação, em 1986, comemora recorde. Empresa cresceu bastante com a compra do Bearn Sterns, Washington Mutual entre outros durante a ‘crise financeira’ nos Estados Unidos, em 2009.

Capitalismo

JPMorgan Chase Earns $11.7 Billion in Year

Published: January 15, 2010

JPMorgan Chase kicked off what is expected to be a robust — and controversial — reporting season for the nation’s banks Friday with news that its profits and pay for 2009 soared.

In a remarkable rebound from the depths of the financial crisis, Morgan earned $11.7 billion last year, more than double its profit in 2008. The bank earned $3.3 billion in the fourth quarter alone.

Overall, JPMorgan said 2009 net income rose to $2.26 a share. That compares to profit of $5.6 billion, or $1.35 a share, during 2008 when the panic gripped the industry. Revenues grew to a record $108.6 billion, up 49 percent.

The strong results — coming a day after the Obama administration, to howls from Wall Street, unveiled its plans to tax big banks to recoup some of the money the government expects to lose from bailing out the financial system — underscored the gaping divide between the financial industry and the many ordinary Americans who are still waiting for an economic recovery. Over the next week or so, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs and Morgan Stanley are expected to report similar surges in pay when they release their year-end numbers.

In a statement Friday, the chairman and chief executive of JPMorgan, Jamie Dimon, struck a cautious tone . “We are gratified that we generated earnings of $3.3 billion for the fourth quarter and nearly $12 billion for the year,” Mr. Dimon said. “Though these results showed improvement, we acknowledge that they fell short of both an adequate return on capital and the firm’s earnings potential.”

As it did throughout 2009, JPMorgan Chase pulled off a profit in the fourth quarter after a solid trading performance helped offset large consumer losses. The bank set aside another $1.9 billion to its consumer loan loss reserves — a hefty sum but a smaller amount than future quarters.

JPMorgan has emerged from the crisis with renewed swagger. Unlike several other banking chiefs, Mr. Dimon has emerged with his reputation relatively unscathed. Indeed, he is regarded both on Wall Street and in Washington as a pillar of the industry. On Wednesday on Capitol Hill, during a hearing of the government panel charged with examining the causes of the financial crisis, Mr. Dimon avoided the grilling given to Lloyd C. Blankfein, the head of Goldman Sachs. Mr. Dimon was also the only banker to publicly oppose the administration’s proposed tax on the largest financial companies.

Inside NYTimes.com

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Marco da crise, quebra do Lehman Brothers vai completar um ano

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da France Presse, em Nova York | 09/09/200912h27

Há um ano, as finanças americanas viram suas bases sofrer uma verdadeira implosão com a inesperada crise dos empréstimos imobiliários de alto risco, a quebra de símbolos nacionais como os bancos Lehman Brothers e Merrill Lynch e a busca desesperada por nacionalizações de emergência.

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Na memória coletiva, a arquitetura financeira que inspirou os mercados mundiais com seu modelo desabou como um castelo de cartas em setembro de 2008.

“Não houve catalisador, mas um amplo movimento de pânico”, explicou Cary Leahey, economista da Decision Economics.

O apetite exagerado das finanças americanas nos últimos anos pelos “subprimes” e as aplicações atreladas a créditos imobiliários de alto risco com rendimentos potencialmente muito elevados desencadearam a destruição do setor assim que o mercado imobiliário despencou.

Pouco conhecidas do grande público, Freddie Mac e Fannie Mae, as duas instâncias que garantiam o essencial do refinanciamento dos estabelecimentos que oferecem créditos hipotecários, foram colocadas sob tutela do Estado em 7 de setembro com uma injeção de 200 bilhões de dólares de fundos públicos.

Isso foi apenas o começo.

“No espaço de três dias, o Lehman Brothers pediu concordata, o líder dos seguros AIG foi assumida pelo governo americano, e um dos ícones de Wall Street, Merrill Lynch, foi absorvido pelo Bank of America através de um acordo negociado e financiado por Washington”, lembrou Jeffrey Sachs, professor de economia na Universidade de Columbia.

Dias mais tarde, os dois últimos bancos de negócios americanos, Goldman Sachs e Morgan Stanley, renunciaram a seu status para adotar o de simples holding bancária, tornando-se alvos do estrito controle das autoridades do setor para poder ter acesso aos financiamentos públicos.

O banco JPMorgan comprou, com apoio de Washington, o Washington Mutual, maior banco de depósitos a falir na história dos EUA.

O Citigroup, que dominava o banco mundial havia uma década, ficou isolado e pressionado por centenas de bilhões de dólares investidos em aplicações de risco, cujo valor foi reduzido a zero.

Sua sorte será condenada nos próximos meses: ele passará por recapitalizações sucessivas pelo Estado, que garantirá também 300 bilhões de dólares de seus ativos tóxicos em troca de uma maioria de controle de 36%.

Lehman Brothers

Na manhã de 15 de setembro de 2008, uma segunda-feira, o respeitado banco de negócios Lehman Brothers, então o quarto maior dos Estados Unidos, surpreendeu o mundo ao anunciar sua quebra após um fim de semana de discussões de urgência, provocando uma onda de choque da dimensão de uma crise financeira planetária.

A falência do estabelecimento, de 158 anos de idade, foi precipitada por sua incapacidade de se refinanciar após a crise dos “subprimes” e do crédito.

O Lehman foi, na realidade, incapaz no início de setembro de levantar fundos no mercado.

A esta altura, sua valorização na Bolsa despencou 90% em um ano, a US$ 2,5 bilhões: menos do que valia o Bear Stearns quando este outro pilar de Wall Street foi resgatado da falência, em março de 2008, através de sua compra pelo JPMorgan com apoio de Washington.

Na sexta-feira anterior, dia 12, o Lehman caiu 13,5% na Bolsa de Nova York. Na Casa Branca, o Tesouro “avisou que acompanharia de perto os mercados e ficaria em contato com seus autores”.

Tim Geithner, enquanto presidente do Federal Reserve de Nova York, reuniu os principais banqueiros do mercado para discutir o destino do Lehman. Participaram também os responsáveis do Tesouro e do regulador da Bolsa SEC.

Os possíveis compradores estavam convencidos. O Bank of America preferiu comprar um outro banco de negócios de Wall Street, o Merrill Lynch. O banco britânico Barclays deu sinais de sufoco e pediu ajuda federal, apesar do plano Bear Stearns.

A SEC afirmou que a meta era de “proteger os clientes do Lehman e manter a ordem nos mercados”.

Mas o ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, sempre muito escutado, declarou que não era preciso proteger todos os grandes bancos.

‘A falência de um grande banco em si não é um problema”, disse. “Tudo depende como a liquidação é feita”, acrescentou.

As negociações terminaram pouco depois de 1h da manhã de segunda-feira. Imediatamente, o Lehman pediu concordata no tribunal de Nova York.

Empregados ainda chocados com a notícia foram à sede do banco, em pleno coração de Manhattan, enfrentando multidões de fotógrafos e jornalistas.

Em plena campanha presidencial, os políticos se mostravam seguros.

O presidente George W. Bush se disse confiante na flexibilidade e na resistência dos mercados financeiros e em sua faculdade de enfrentar estes ajustes.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, considerou o sistema bancário “sadio” e tranquilizou os americanos sobre a garantia de suas contas.

Mas o candidato democrata Barack Obama criticou os oito anos dos republicanos no poder, dizendo que eles levaram os EUA à crise mais grave desde à Grande Depressão e defendendo uma regulamentação que protegesse investidores e consumidores.

Seu adversário republicano John McCain, fiel a seu credo liberal, comemorou ao contrário que o Federal Reserve e o departamento do Tesouro tivessem garantido que não utilizariam o dinheiro do contribuinte para dar liquidez ao Lehman”.

“Não temos poder necessário para fazer isso”, disse um mês mais tarde Henry Paulson.

Então, diante do pânico dos mercados mundiais provocado pelo abandono do Lehman, as autoridades mudaram de ideia: em 16 de setembro, elas nacionalizaram de fato a seguradora AIG para evitar sua falência, com uma série de intervenções ao capital do estabelecimento financeiro.

De site próprio da JPMorgan no Brasil. Confira o link aqui

Presença da JPMorgan no Brasil

O J.P. Morgan é um banco de atacado e de investimentos, resultado da fusão entre o J.P. Morgan e o Chase Manhattan em setembro de 2000. Presente no Brasil desde a década de 60, o J.P. Morgan abriu um escritório local de representação em 1966, enquanto o Chase Manhattan iniciou suas atividades no País em 1960, por meio do Banco Lar Brasileiro. Em 1986, o J.P. Morgan começou a operar com a corretora J.P. Morgan CCTVM. Em 1988, comprou a carta patente da Distrivolks e da Banca Commerciale Italiana, passando a atuar como banco comercial e oferecendo a seus clientes operações de renda fixa, câmbio, administração de risco e de crédito.

Em maio de 1994, a transformação da Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do grupo, comprada da Autolatina em 1988, marca a criação do banco múltiplo e permite ao J.P. Morgan ampliar o leque de produtos e serviços financeiros que oferece, principalmente, no mercado de capitais. A integração das equipes do J.P. Morgan às do Chase Manhattan fortaleceu a área de Local Markets, Sales & Trading, que oferece produtos de tesouraria para clientes corporativos e institucionais.

No começo de 2004, a holding JPMorgan Chase fecha acordo para a compra do Bank One. O negócio consolida a posição da instituição como segundo maior Banco do mundo. A aquisição aumenta a presença da instituição financeira nas regiões do meio-oeste e sudoeste norte-americano e também fortalece a atuação no segmento de cartões de crédito.

Atualmente, os escritórios do J.P. Morgan no Brasil estão localizados nas cidades de Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

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